Moradores do entorno ao aterro sanitário de Marituba, na Região Metropolitana de Belém (RMB) permanecem acampados no local que dá acesso a área onde os resíduos são despejados. A interdição foi iniciada às 17h desta quinta-feira (22).
De acordo com informações de Hélio Oliveira, do Fórum Permanente Fora Lixão de Marituba, a previsão é que a liberação ocorra ainda na tarde de hoje (23), mas tudo depende de diálogo.
"Estamos aguardando o retorno da interventora. Precisamos da certeza de que haverá uma nova audiência pública com o governo do estado, a secretaria de meio ambiente, o Ministério Público, OAB, UFPA, a Revita e outras entidades", disse Hélio.
O manifestante informou ainda que as principais reivindicações estão ligadas ao não cumprimento do que foi debatido na audiência realizada após o primeiro protesto feito no início do ano.
"Já são quase 120 dias após o protesto e os problemas continuam. O odor continua, os problemas respiratórios continuam. As promessas de uma data limite para o fechamento, de uma outra área para onde o lixão será transferido. Nada disso foi cumprido, por isso reivindicamos uma nova audiência pública", completou afirmando que a continuidade do lixão trará consequências incalculáveis no futuro para o meio ambiente do município.
PROTESTO
No protesto, os manifestantes utilizam pedaços de paus e pneus para impedir que os caminhões passem.
Segundo Hélio, somente caminhões de coleta do bairro Uriboca estão passando. Os vindos de Belém, Ananindeua e Marituba estão proibidos de seguir.
GUAMÁ
Através de nota, a empresa Guamá Tratamento de Resíduos, responsável pelo aterro, diz que a paralisação das atividades é resultado da ação de grupos isolados, que fecharam o acesso ao empreendimento.
A nota segue informando que a empresa repudia e lamenta o ocorrido e classifica o bloqueio como mais um episódio de uma série de tentativas recentes de boicote contra suas operações.
(DOL)
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