A confusão entre os quatro agentes de trânsito e dois policiais militares terminou com os agentes detidos no município de Abaetetuba, no nordeste paraense, na manhã desta quinta-feira (22). Agora, as duas instituições se acusam mutuamente de infringir a lei.
Os agentes do Departamento de Trânsito do Estado (Detran) foram levados para a delegacia do município quando os agentes da Polícia Militar deram voz de prisão.
O caso "inflamou" parte da população, que chegou a aplaudir a atitude dos policiais militares e fazer vigília em frente à delegacia.
Entretanto, segundo nota de esclarecimento do Sindtran-PA (Sindicato dos Trabalhadores de Trânsito do Estado do Pará), os quatro agentes foram vítimas de desacato por parte do policial militar Edésio Quaresma Rêgo.
O policial militar teria se revoltado após ser flagrado pilotando uma motocicleta sem capacete de segurança, com o licenciamento do veículo atrasado há 5 anos, além de estar com a Carteira Nacional de Habilitação vencida.
De acordo com o que os agentes informaram ao sindicato, o condutor (policial) reagiu a abordagem e se recusou a entregar o veículo para ser levado ao Parque de Retenção da cidade, apesar de todas as irregularidades comprovadas, segundo o Sindtran-PA.
Durante a revolta de Edésio, um outro policial militar e também vereador do município, sargento Dhony (REDE), chegou ao local.
Ele teria incitado a população contra os agentes de trânsito, segundo a nota do Sinditran-PA, dando ilegalmente a voz de prisão aos quatro.
Ainda de acordo com o sindicato, os agentes foram humilhados na Delegacia de Abaetetuba.
SINDICATO PRETENDE PROCESSAR ESTADO E POLÍCIA MILITAR
O Sindtran acusa ainda o sargento e vereador Dhony de usar meios de comunicação para ameaçar os servidores do Detran.
O sindicato afirmou que pretende fazer uma representação no Ministério Público do Estado contra o vereador Dhony, ao mesmo tempo que moverá ação por danos morais contra o Estado, devido à humilhação ao qual os servidores foram submetidos.
(Igor Wilson/DOL)
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