Quando sua esposa entrou em trabalho de parto, o cientista Pavel Goldtsein não sabia o que fazer. “Ela estava com dor, e tudo o que eu conseguia pensar era ‘o que posso fazer?´”, lembra. “Eu peguei na mão dela e isso pareceu resolver ajudar”, relata. Foi aí que veio a ideia de testar no laboratório se o toque realmente pode aliviar a dor de uma pessoa.
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A investigação deu certo. No último dia 12 de junho, o estudo de Goldstein – que faz pós-doutorado na Universidade de Colorado em Boulder, nos Estados Unidos – foi publicado na revista científica Scientific Reports. O trabalho envolveu 22 casais heterossexuais, com idades entre 23 e 32 anos.
Os participantes foram expostos a várias situações: primeiro, os voluntários sentaram juntos sem se encostar; depois, eles sentaram de mãos dadas; e, por último, ficaram em quartos separados. Em outro momento, os três cenários foram repetidos, com as mulheres sendo submetidas a uma dor leve no antebraço por dois minutos.
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As análises mostraram que, só por estar sentados juntos, os batimentos cardíacos dos casais já se mostravam sincronizados. Quando a mulher era submetida à dor, mas não podia tocar seu parceiro, a sincronia era afetada. E quando se davam as mãos os voluntários entravam em sincronia novamente – e a dor delas diminuía.
“Parece que a dor interrompe essa sincronia interpessoal entre os casais. E o toque a traz de volta”, explica Pavel Goldtsein. Mais estudos são necessários para entender a fundo como o contato físico alivia a sensação dolorosa. “Pode ser que o toque seja uma ferramenta para comunicar empatia, resultando em um efeito analgésico”, especula o pesquisador, que espera que os achados sirvam de evidência científica para provar, no futuro, que o amor é, sim, a cura para todas as dores.
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Fonte: Boa Forma Abril
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