plus

Edição do dia

Leia a edição completa grátis
Previsão do Tempo 26°
cotação atual R$


home
NOTÍCIAS PARÁ

Diabetes: como o mal pode ser evitado e controlado

O diabetes é um mal silencioso e não tem cura. Apesar de ser controlado, ainda assim, é perigoso. A doença crônica atinge cerca de 415 milhões de pessoas em todo o mundo, segundo a Federação Internacional de Diabetes (IDF, na sigla em inglês). Somente no

O diabetes é um mal silencioso e não tem cura. Apesar de ser controlado, ainda assim, é perigoso. A doença crônica atinge cerca de 415 milhões de pessoas em todo o mundo, segundo a Federação Internacional de Diabetes (IDF, na sigla em inglês). Somente no Brasil, são 14,3 milhões de diabéticos, número que coloca o País na quarta posição da lista das nações com maior prevalência da doença, atrás apenas de China, Índia e Estados Unidos, em 2016.

Dados negativos da doença não param por aí. O levantamento mais recente do Ministério da Saúde (MS), de 2014, confirma que o diabetes também ocupa a 4ª posição entre as doenças que mais matam no Brasil. Mesmo com os avanços dos tratamentos, a projeção é que, nos próximos anos, a enfermidade faça mais vítimas. O IDF estima que, em 2040, haja 23,3 milhões de brasileiros diabéticos.

PARÁ

A Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) aponta que, no Pará, em 2016, foram registradas 340 mil pessoas com o diagnóstico de diabetes, correspondendo a 6,3% da população adulta do Estado, só na rede pública. Apenas em Belém, eram aproximadamente 68 mil. Crianças e adolescentes com até 18 anos já correspondem a cerca de 20% do total de diabéticos no Estado.

DOENÇA DE ORIGEM GENÉTICA OU MÁ QUALIDADE DE VIDA

O diabetes pode ser genético ou resultado da combinação do sobrepeso, sedentarismo e preocupações, ao longo da vida. “A causa do alto açúcar no sangue é o peso/parado/preocupado, ou nascer com ele”, resume o médico endocrinologista Francisco Pedroza Gomes.

O especialista explica que a doença está classificada em tipo 1, mais comum na infância, quando é liberado pouco ou nenhum hormônio chamado de insulina. Com isso, a glicose fica no sangue, em vez de ser usada como energia. No diabetes tipo 2, mais comum em adultos, o organismo não consegue usar adequadamente a insulina que produz, ou não a produz de forma suficiente para controlar a taxa de glicemia.

TRATAMENTO

“Atualmente, falamos em diabetes de uma maneira geral. E deve ser tratada independentemente de tipo”, reforça Gomes. O endocrinologista garante que a doença traz sérios riscos aos órgãos como o coração, rins, e até mesmo causa a amputação de partes do corpo, além de levar á cegueira. Contudo, pode ser controlada. “Hoje, entendemos que o paciente que é perigoso. Ele deve manter uma dieta, fazer atividades físicas e seguir tratamento adequado”, avalia.

Ribilar Neves, presidente da Casa do Diabético, que oferece atendimento aos pacientes, em Belém. (Foto: Alberto Bitar/Diário do Pará)

ENTRE OS FATORES DE RISCO, OBESIDADE E HISTÓRICO FAMILIAR

O diabetes não apresenta sintomas no início. Entretanto, as pessoas com histórico familiar, obesas e sedentárias devem ficar mais atentas, pois estes são os principais fatores de risco. No Pará, onde se consomem açaí, farinha e tapioca, alimentos muito calóricos, a atenção é redobrada. “Eles contém muito açúcar e carboidratos, que contribuem para o diabetes”, acusa o médico endocrinologista Francisco Gomes. O especialista alerta também para a importância de prevenir as complicações da doença, como cegueira e diálise. É recomendável fazer exame de fundo de olho, urina, taxa de glicemia, exame dos pés e avaliação cardiológica anualmente.

ATENDIMENTO

Há 14 anos, a Casa do Diabético, no Marco, em Belém, presta atendimento gratuito aos portadores da doença. O local recebe donativos para manter a sua estrutura. “Nós somos independentes. Alguns pacientes contribuem com uma taxa, mas quem não pode também é atendido”, explica o presidente da instituição, Rubilar Neves. Na Casa do Diabético, é feito o controle de glicemia, tratamento preventivos nos pés, plano de alimentação, acompanhamento médico e mais: para quem quiser fazer exames no local, um dia da semana, um laboratório conveniado faz o serviço cobrando uma taxa simbólica.

Francisco Pedroza Gomes, médico endocrinologista. (Foto: Alberto Bitar/Diário do Pará)

BOMBA DE INSULINA INTELIGENTE, JEITO MODERNO DE CONTROLAR O MAL

O que existe de mais moderno para o controle do diabetes é a bomba de insulina inteligente. Ela analisa a glicose a cada 5 minutos e libera a dosagem do hormônio neste período. “A pessoa não precisa analisar a glicose e nem se aplicar insulina. Ela faz tudo”, ressalta o médico endocrinologista Francisco Pedroza Gomes.

O aparelho tem a tecnologia bluetooth e pode ser conectado e programado pelo smartphone. Porém, o preço é elevado, chegando até a R$50 mil. “Mas, num prazo de 3 anos, ele deve estar entre R$14 e R$18 mil, porque vai revolucionar o tratamento e terá uma produção em massa”, pondera.

(Roberta Paraense/Diário do Pará)

VEM SEGUIR OS CANAIS DO DOL!

Seja sempre o primeiro a ficar bem informado, entre no nosso canal de notícias no WhatsApp e Telegram. Para mais informações sobre os canais do WhatsApp e seguir outros canais do DOL. Acesse: dol.com.br/n/828815.

Quer receber mais notícias como essa?

Cadastre seu email e comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Conteúdo Relacionado

0 Comentário(s)

plus

Mais em Notícias Pará

Leia mais notícias de Notícias Pará. Clique aqui!

Últimas Notícias