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"A periferia vive aterrorizada", afirma SDDH

A noite desta terça-feira (7) foi marcada por mais um sangrento ato de violência, em que um grupo de encapuzados atirou contra os clientes de uma bar localizado no bairro da Condor, em Belém, matando cinco pessoas e ferindo outras 15, incluindo um casal d

A noite desta terça-feira (7) foi marcada por mais um sangrento ato de violência, em que um grupo de encapuzados atirou contra os clientes de uma bar localizado no bairro da Condor, em Belém, matando cinco pessoas e ferindo outras 15, incluindo um casal de crianças. Infelizmente, ao invés de ser um caso isolado, o ocorrido se mostra como mais um capítulo da série de crimes que têm tomado conta do Estado nos últimos anos. Para entidades ligadas às causas dos direitos humanos, a situação retrata um sistema organizado de mortes, em que a população, principalmente a da periferia, é refém.

"Na verdade, existe uma desconfiança de quem patrocina esse tipo de ação. Muita gente sabe sobre esses crimes, mas o que impera é o medo de falar. Essas ações estão trazendo o terror. Dessa vez, inclusive crianças foram feridas. O que percebemos é que esse grupo, seja lá quem for, não está preocupado com o estado de direito. São criminosos", afirma Marco Apolo Leão, presidente da Sociedade Paraense de Defesa dos Direitos Humanos (SDDH), entidade que acompanha as situações de criminalidade Pará, inclusive dos casos de chacinas e ações de milícias no Estado.

Para ele, a chacina desta terça-feira representa uma ineficiência do Sistema de Segurança Pública do Estado, assim como em outros crimes ocorridos no Pará. "A gente tem percebido um Estado muito omisso e sem eficiência no combate desses grupos. Membros da Anistia Internacional estiveram aqui recentemente, e já existem denúncias sobre a ação de milícias no Ministério Público e Segup", afirma Marco Apolo. "A gente ainda está aguardando um posicionamento do Estado, mas a sociedade civil não pensa em ficar parada. Se necessário, vamos levar esse tipo de situação ao poder internacional".

Outros casos de chacinhas marcaram a história recente do Estado. Há duas semanas, 10 trabalhadores rurais foram mortos em Pau-D'Arco, durante uma ação policial. Em janeiro deste ano, 32 pessoas foram mortas com características de execução na Grande Belém após o soldado Rafael Costa, da Polícia Militar, ser morto durante o serviço. Em 2014, 11 pessoas foram assassinadas na periferia de Belém após a execução do cabo Pet, apontado como líder de uma milícia da capital paraense. Para a SDDH, esses casos exemplificam uma situação de caos no Estado.

"Toda a sociedade tem que se preocupar, principalmente a população de periferia, pobre e negra, que são as principais vítimas desse tipo de crime. A população fica aterrorizada. Esses grupos não trazem nenhum benefícios à sociedade, apenas medo e morte. Ainda é preocupante que certos setores de destaque, como a bancada da bala (parlamentares como vereadores e deputados) incentivem esse comportamento", continuou o presidente da SDDH. "Sejam policiais, população civil, pessoas que cometeram crimes ou que nunca se envolveram com a criminalidade, ninguém merece esse tratamento. Os responsáveis devem ser levados para a Justiça, para que paguem legalmente pelos crimes".

(DOL)

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