Problemas fundiários atrapalham produção de óleo

O principal entrave à expansão do setor de óleo de palma no Pará é a falta de regularização fundiária, uma área de competência do governo estadual, que se encontra praticamente paralisada no Pará. Esta é a conclusão dos produtores rurais e dos deputados estaduais que integram a Frente Parlamentar de Apoio ao Desenvolvimento do Óleo de Palma. O grupo de trabalho parlamentar foi formado no início de maio na Assembleia Legislativa e fez uma visita técnica a uma área de plantio e beneficiamento de dendê para produção de óleo de palma na região dos municípios de Tailândia e Moju. Na ocasião, o grupo ouviu as reivindicações de agricultores familiares e empresas do setor.

Para Marcello Brito, presidente da Associação Brasileira de Produtores de Óleo de Palma (Abrapalma), o maior desafio de qualquer produtor no Pará é fundiário. “Se o Pará quiser crescer na área agrícola, vai ter que resolver isso. Ninguém está investindo por causa da falta de regularização fundiária”, disse.

O presidente da frente parlamentar, deputado Iran Lima (PMDB), destacou o potencial de geração de empregos do setor. “Cada 10 mil hectares de dendê gera pelo menos mil empregos diretos”, argumentou.

Até o secretário estadual de Agricultura, Giovanni Queiroz, afirma que o problema fundiário atrapalha o crescimento. “Eu concordo. Temos alguns entraves que precisam ser superados”.

PARA ENTENDER

De acordo com dados da Abrapalma, cerca de 1.100 famílias estão integradas à cadeia produtiva no Brasil.

Dos 196 mil hectares plantados por integrantes da associação no Pará, cerca de 15% estão nas mãos de pequenos agricultores, sendo 247 famílias parceiras responsáveis por 20% da produção, só na Agropalma.

(Diário do Pará)