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230 mil pessoas ficam sem água, em Belém

Cerca de 230 mil habitantes ficaram sem água entre a noite de segunda-feira (22) e o final da tarde de ontem, nos bairros do Marco, Souza, Curió-Utinga, Fátima, Canudos e São Brás, em Belém. Foram horas sem ter como tomar banho ou dar cabo dos afazeres do

Cerca de 230 mil habitantes ficaram sem água entre a noite de segunda-feira (22) e o final da tarde de ontem, nos bairros do Marco, Souza, Curió-Utinga, Fátima, Canudos e São Brás, em Belém. Foram horas sem ter como tomar banho ou dar cabo dos afazeres domésticos, obrigando a população a pedir favores aos vizinhos com poço artesiano.

Desta vez, a causa da interrupção no abastecimento foi um acidente ocorrido no Parque Estadual do Utinga, onde ficam localizadas a estação de tratamento de água do Bolonha e a subestação elétrica do Utinga. Segundo a Companhia de Saneamento do Pará (Cosanpa), uma ventania derrubou árvores de pequeno porte por volta das 19 horas de segunda, atingindo a fiação e ocasionando o desligamento automático de dois setores das estações.

Sem água desde a noite anterior, os baldes que a família da professora Andressa Araújo, 23, moradora do Marco, costumam encher por precaução não foram suficientes. Na manhã de ontem, ela teve de pedir para um tio trazer água de um poço para que pudesse tomar banho para ir trabalhar. “A gente sempre deixa balde com água de reserva, já que não temos caixa, caso algo aconteça. É Belém, né? Bom se prevenir”, argumenta a moradora.

Também sem água, no Souza, Carla Lobato teve de recorrer à torneira da vizinha para encher o balde que precisava para prosseguir com a rotina. Ela mora nos altos e lá os problemas com o abastecimento da Cosanpa já são constantes, a água tem dificuldade de subir até a encanação do segundo andar e falta com frequência. “Quando os vizinhos de baixo estão usando, falta na hora para a gente. Tem de esperar eles terminarem para poder usar”.

Da segunda para a terça-feira, a falta foi completa. Uma torneira baixa no quintal da vizinha era única fonte de água que encontrou e até lá o fluxo era extremamente fraco.

A Cosanpa informou que, por volta das 15h, os serviços de podagem das árvores caídas já tinham sido concluídos e que a estação seria religada em seguida e, a partir das 16h30, o abastecimento voltaria ao normal.

Os moradores tiveram de se virar de todas as formas para garantir o abastecimento de água em casa (Foto: Wagner Santana)

Defensoria é contra o aumento da tarifa

Apesar dos problemas constantes no serviço de distribuição e as várias denúncias da população sobre a qualidade da água, um reajuste de 35% sobre a tarifa do serviço foi autorizado, no último dia 5, pelo Conselho Superior de Administração da Agência Reguladora Municipal de Água e Esgoto de Belém (Amae/Belém). O preço atual por metro cúbico (m³) do serviço é de R$ 1,68. Como o mínimo cobrado é de 10 m³, os habitantes pagam, pelo menos, R$ 16,80 por seu consumo de água. Com o aumento, o custo passará a ser de R$ 22,68, a partir do próximo mês, totalizando R$ 36,28 quando somado à tarifa de esgoto, que também sofrerá reajuste. Segundo o presidente da companhia, Abraão Benassuly, o aumento possibilitará a aquisição de equipamentos e materiais de reposição, como bombas reservas, que evitariam a falta d’água.

O Núcleo de Atendimento ao Consumidor (Nucom) da Defensoria Pública do Estado, no entanto, ingressou com uma Ação Civil Pública contra o aumento da tarifa, na última quinta (18). Para a Defensoria, o reajuste foi autorizado sem a devida transparência, violando o direito dos consumidores à informação. Além disso, o valor do aumento não seria proporcional à realidade econômica da população nem à qualidade do serviço. “O motivo dado, de modernização, por si só não é justificável e, tendo em vista a realidade atual do estado, a imposição de um aumento nesse valor é abusiva”, explica Rodrigo Ayan, defensor público do estado. No momento, a ação ainda aguarda a apreciação do poder judiciário, que deverá decidir pela suspensão do reajuste ou não.

(Arthur Medeiros/Diário do Pará)

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