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Passeata marca Dia de Combate à LGBTfobia

Por muito tempo, a homossexualidade era considerada uma doença, conhecida como homossexualismo. Foi apenas em 17 de maio de 1990 que a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou oficialmente que “a homossexualidade não constitui doença, nem distúrbio” e

Por muito tempo, a homossexualidade era considerada uma doença, conhecida como homossexualismo. Foi apenas em 17 de maio de 1990 que a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou oficialmente que “a homossexualidade não constitui doença, nem distúrbio” e mudou a terminologia. Desde então, a data foi instituída como o Dia Internacional de Combate à LGBTfobia. O marco serve para lembrar e lutar contra a violência e a discriminação contra lésbicas, gays, bissexuais e transexuais. Em Belém, o movimento LGBT se reuniu em marcha pelo bairro da Campina, com o objetivo de chamar a atenção para o tema.

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Segundo o coordenador do grupo Atitude e membro do movimento LGBT do Pará, Bruno Gomes, 23 anos, o intuito foi mostrar à sociedade que é possível conviver em paz. “O que queremos é respeito e direitos iguais, eliminar o preconceito e evitar que mais pessoas LGBT morram pela discriminação”, afirmou. O grupo de pessoas saiu em caminhada às 10h colorindo as ruas com cartazes e bandeiras. O percurso iniciou na avenida Boulevard Castilhos Franças e seguiu pela avenida Portugal, passou pela Prefeitura de Belém, na Praça Dom Pedro II, e parou em frente a Assembleia Legislativa do Pará (Alepa). Lá foram recebidos por uma comissão de deputados estaduais, incluindo os deputados Carlos Bordalo (PT), Thiago Araújo (PPS) e Airton Faleiro (PT), que se comprometeram a dar prioridade à votação de um projeto de lei que penaliza a LGBTfobia. Outras autoridades também estiveram na manifestação e demonstraram apoio à luta LGBT, como a representante da Comissão dos Direitos Humanos da Ordem de Advogados do Brasil (OAB), Juliana Fonteles.

Preconceito dificulta acesso às políticas públicas

A presidente da Rede Paraense das Pessoas Trans, Eduarda Lacerda, 29, explica que a LGBTfobia precisa ser discutida porque está presente todos os dias e prejudica a vida de muita gente. “O preconceito afasta a comunidade LGBT da educação e dificulta o acesso a políticas públicas, inserção ao mercado de trabalho, além de provocar muitos assassinatos todos os anos”, acentuou.

O autônomo Benjamin Antônio Paes, 20, e a autônoma Flávia Souza, 19, são um casal, vivem e criam juntos o pequeno Fernando Souza, de 2 anos. São felizes, trabalham e têm um cotidiano normal. Mas Benjamin é um homem transexual (nasceu com a identidade de gênero feminina e aos 15 anos assumiu a identidade masculina) e, por isso, a família é alvo de preconceito e discriminação diária. “Mesmo minha família não me aceita até hoje e a inserção no mercado de trabalho é quase impossível, pois ninguém reconhece minha identidade de gênero”, contou Benjamin. Flávia relatou que é muito criticada pela união e por criar o filho junto a Benjamin. “Isso nos entristece muito porque, acima de qualquer rótulo, nós vivemos felizes, com saúde e muito amor e isso é o mais importante para a criação de uma criança”, acredita.

As namoradas e estudantes Andreza Reuter, 20, e Carla Moraes, 24, também sofrem com a discriminação. “Às vezes, sentimos medo de ir na rua juntas, porque somos alvo de xingamento e assédio, quando tudo que queremos é que nos respeitem como qualquer outro ser humano”,declarou Andreza.

NÚMERO

- 295 mortes de transexuais foram registradas no mundo em 2016.
- 123 destes homicídios aconteceram no Brasil.
- 343 pessoas foram mortas no País por causa da LGBTfobia
- A cada 25 horas uma pessoa do grupo LGBT foi assassinada no Brasil em 2016

Fonte: ONG Transgender Europe e Grupo Gay da Bahia (GGB)

(Alice Martins Morais/Diário do Pará)

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