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Inovação: a chave da sobrevivência

Nos anos 40 do século passado, em plena crise do pós-guerra, a falta de leite fresco para o preparo de doces fez surgir um dos símbolos da gastronomia brasileira: o brigadeiro. A famosa mistura de leite condensado, manteiga e chocolate até hoje não pode f

Nos anos 40 do século passado, em plena crise do pós-guerra, a falta de leite fresco para o preparo de doces fez surgir um dos símbolos da gastronomia brasileira: o brigadeiro. A famosa mistura de leite condensado, manteiga e chocolate até hoje não pode faltar nas mesas de doces dos eventos Brasil afora.

Há três anos, o brigadeiro ajuda a contar também o enredo de empreendedorismo da administradora Cláudia Tocantins, 26 anos. Ela era representante comercial de uma empresa de móveis quando começou a produção meio por acaso. “Fiz para o aniversário de uma afilhada e todo mundo gostou. Comecei a receber as encomendas”, lembra. Com o negócio prosperando, Cláudia deixou o emprego, abriu a “Quitandinha” e hoje tem dois quiosques em shoppings de Belém.

Entre a venda direta e as encomendas para eventos são mais de 30 mil docinhos por mês, entre os tradicionais – que não podem faltar - e os chamados gourmerts que incluem receitas como creme brulée (com baunilha) e frutas regionais, entre elas, lógico, cupuaçu e bacuri. “Acreditar no seu produto, na sua ideia é muito importante, mas não basta. É preciso pesquisar o mercado, visitar feiras, buscar a profissionalização”, ensina.

A história da jovem produtora de brigadeiros reforça a análise feita por especialistas que apontam a área de alimentos entre os destaques positivos em meio a um cenário de crise com retração de investimentos. “A gente tem observado um crescimento em áreas como alimentação, cuidados com a saúde e reparos. Em momentos como este é preciso enxergar nichos de mercado que oferecem boas oportunidades de negócios com baixo investimento”, diz a administradora de empresas e professora Aldemira Drago, integrante do Conselho Federal de Administração.

“O empreendedor que deseja aumentar suas chances de sucesso deve estar atento ao que está ocorrendo no mundo a sua volta”, completa a gerente de mercado do Sebrae Pará, Keyla de Oliveira. “Isso buscando compreender como as mudanças estão influenciando o modo de vida das pessoas e seus hábitos de consumo”

COMIDA

Comida de rua e preocupação com a saúde. Foi justamente nessas duas áreas, apontadas como de crescimento atualmente, que a nutricionista Brenda Frias, 29 anos, decidiu apostar suas fichas. Ela investiu cerca e R$ 60 mil em um food truck de comidas saudáveis, o PuraVida. O negócio começou há um ano com a venda de tapiocas, crepes e saladas no pote. Depois, Brenda e os irmãos começaram a oferecer marmitas com comidas naturais e, hoje, se preparam para um passo mais largo: vão abrir um restaurante. “Começamos pequenos e aos poucos vimos que tinha potencial para crescermos”, conta. Brenda revela que no final do ano passado, sentiu queda nas vendas, mas diz que não desanimou. “Tudo serve de aprendizado”.

(Foto: Maycon Nunes/Diário do Pará)

PARA ENTENDER O PROJETO RAIO-X

- O Raio-X Belém Comércio Ativo é a nova série jornalística do Diário do Pará. De hoje até sexta-feira, você acompanha aqui as principais tendências do mercado, um mapa dos setores em alta e dicas para ampliar seus negócios, combater os desperdício e driblar a crise.

- ENTREVISTA

FÁBIO LÚCIO COSTA (ACP)

Planejamento e conhecimento do mercado são palavras de ordem para quem deseja começar um novo negócio ou partir para uma ampliação. Quem garante é o presidente da Associação Comercial do Pará (ACP) Fábio Lúcio Costa.

P: Quais as áreas em que têm surgido mais oportunidades neste momento , em que se fala muito em crise? Como aproveitar essas oportunidades?
R: Com a economia em fase de recuperação, serviços do setor terciário tendem a oferecer mais vagas no que chamamos de emprego de renda fixa. Destaca-se alguns segmentos, como por exemplo a área de beleza e bem-estar.



P: A taxa de falência de empresas no Brasil ainda é alta. Qual a receita para sobreviver?
R: É necessário um bom planejamento ainda na fase de concepção do projeto e, com ele já implantado, ter o controle e a gestão do empreendimento. É necessário, ainda, principalmente nos pequenos empreendimentos, separar as despesas das empresas das despesas pessoais, tenham conhecimentos mínimos necessários para geri-la.

P: Quais as recomendações para quem quer se tornar um empreendedor exatamente neste momento de incertezas da economia?
R: Para quem quer se tornar um empreendedor, é essencial que estude bem o mercado em que está entrando, analise a concorrência, preços, promoção de seu produto ou serviço e siga de forma correta o seu plano de negócios. Ter um planejamento é fundamental para o negócio se manter focado e avaliando melhor os seus resultados. Só essa atitude já é um diferencial enorme à qualquer empresa.

Mercados escassos exigem criatividade

Comodidade, preço baixo e inovação são palavras-chaves em um mercado com dinheiro cada vez mais escasso. Nesse cenário crescem negócios como o de Suellen Pardavil , 30 anos; Gisele Lobo, 30, e Danielle Queirós, 39. Há um ano, elas trouxeram para Belém o conceito de “maridas de aluguel”, uma empresa de pequenos reparos feitos por mulheres. “Sentimos que elas ficam mais à vontade discutindo com a gente”, conta Suellen. O negócio exigiu baixo investimento. A divulgação foi feita pelas redes sociais e a demanda cresceu. “Deixamos de receber novas demandas porque mantemos outras atividades”, conta Suellen que é estudante de Medicina Veterinária.

A professora de pilates, Simone Chermont precisou suspender as aulas durante um período por problemas de saúde. “Mas não sei ficar parada”, confessa. Foi então que surgiu a ideia de reunir um grupo de profissionais liberais que queriam buscar complemento de renda com a produção de artigos de decoração, perfumaria e comidinhas. Surgiu assim o grupo Bafon que realiza feiras mensais em Belém. Atualmente são de 35 expositores que se reúnem no Museu da Universidade Federal do Pará. “Ao mesmo em que atraímos público para o museu, movimentamos os pequenos negócios”. Em média cada expositor paga uma taxa variável que pode chegar a R$ 100. O dinheiro é usado para aluguel de mesas e organização da feira. “Nem sempre as pessoas fecham negócios no local, mas a exposição serve para fazer contatos. As encomendas podem vir depois”, explica.

(Rita Soares/Diário do Pará)

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