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Acidentes com motos lideram mortes no trânsito

Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) apontam que o Brasil é o 4º país no continente americano com mais mortes no trânsito. Dentro desse cenário, os motociclistas ainda são as principais vítimas. De janeiro a dezembro de 2015, eles representaram 64%

Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) apontam que o Brasil é o 4º país no continente americano com mais mortes no trânsito. Dentro desse cenário, os motociclistas ainda são as principais vítimas. De janeiro a dezembro de 2015, eles representaram 64% das indenizações pagas por morte no trânsito no País, segundo um levantamento mais recente do tipo feito pela Seguradora Líder. São vidas que, em grande parte, poderiam ter sido preservadas com atitudes simples.

Instrutor de autoescola há 15 anos, Marcos Augusto, 45, aponta que a atenção é a principal orientação para que o condutor evite quedas em motos. Aliada ao uso dos equipamentos de segurança e ao cumprimento das regras de trânsito, a prudência deve ser companhia constante dos motociclistas. “A moto dá a falsa sensação para o condutor de que ele pode fazer quase tudo, mas não é bem assim. A maioria dos acidentes envolvendo motos ocorre por culpa do próprio condutor”, explica.

Dentre as dicas repassadas pelo instrutor, está o acionamento correto do freio. Diferente do que se vê no trânsito, o condutor só deve colocar o pé no chão quando o veículo já estiver parado. “Tem condutor que, antes da moto parar, já vai colocando o pé no chão. Além da queda, isso pode provocar lesões”, reforça. “A moto tem um freio dianteiro e outro traseiro. Eles devem ser acionados ao mesmo tempo. Se o condutor acionar apenas o feio dianteiro, corre o risco de a moto lançar ele por cima do veículo”, completa.

A atenção redobrada no momento da condução da motocicleta contribuiu para que o vigilante Jardel Velasco, 43, nunca tenha sofrido acidente. Motociclista há cinco anos, ele conta que costuma dirigir pensando não apenas nas manobras que faz, mas também tentando prever as dos demais motoristas. “Por mais que você esteja fazendo o certo, pode ser que outro motorista ‘corte’ você, então é preciso cautela”, diz.

Apesar de nunca ter se envolvido em acidentes, Jardel lembra que muitos amigos que andam de moto já foram vítimas. Em alguns casos, as consequências foram bastante graves. “Tenho amigos que perderam a perna em um acidente, que ficaram com sequelas graves. As consequências são realmente bem difíceis”, revela.

FERIMENTOS

De acordo com o ortopedista e traumatologista José Guataçara Gabriel, dentre as lesões provocadas em acidentes com motocicletas, o traumatismo de crânio é a mais frequente. “O não uso dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI) é o que provoca os piores traumas”, relaciona, ao destacar a importância do uso do capacete. “Quando o paciente sofre traumatismo de crânio, é necessário abrir o crânio da pessoa para retirar o coágulo. Além do risco de ficar paraplégico ou tetraplégico”, detalha o médico.

PREJUÍZOS

Para além dos problemas relacionados à saúde, o médico ortopedista ainda destaca o desarranjo social que tais acidentes podem ocasionar. “Quando quem se acidenta é uma pessoa produtiva e fica com sequelas em decorrência do acidente, perde-se a renda da família. Como consequência, outro familiar vai precisar deixar de trabalhar para cuidar do acidentado”, exemplifica. “O acidente de trânsito provoca todo esse desarranjo social. Os riscos da imprudência no trânsito são muito altos”, encerra o traumatologista.

PARA ENTENDER- Consequências

- Uma vítima de acidente de trânsito pode demandar, em média, até cinco especialidades: cirurgia geral, ortopedia, neurocirurgia, anestesia, clínica geral, com posterior atuação de especialidades complementares conforme complexidade e necessidade.

- Em 2016, no Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência, o custo médio de internação de um paciente com perfil de média complexidade foi de R$ 7,2 mil. Já o paciente, com perfil de alta complexidade, teve o custo do tratamento hospitalar em cerca de R$ 10.900,00 por paciente.

- Em média, considerando o perfil de urgência e emergência em média e alta complexidades, cerca de 8% dos pacientes acidentados no trânsito, infelizmente, evoluem a óbito. Fonte: Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência.

(Cintia Magno/Diário do Pará)

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