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Monumento de praça vira banheiro em Belém

Quem passa pelo bairro de São Brás, em Belém, não raramente se depara com a cena de homens usando um dos monumentos da Praça do Operário como banheiro público. O resultado é mau cheiro e constrangimento. O odor chega a ser tão forte que até quem está den

Quem passa pelo bairro de São Brás, em Belém, não raramente se depara com a cena de homens usando um dos monumentos da Praça do Operário como banheiro público. O resultado é mau cheiro e constrangimento.

O odor chega a ser tão forte que até quem está dentro dos ônibus se incomoda, como foi o caso de um motorista que perguntava se aquilo era uma praça ou um banheiro.

Seja no período mais quente ou nos chuvosos o mau cheiro exala e parece estar infiltrado na terra. O estado de abandono é tão visível que o monumento também é cheio de pichações.

TRABALHO DIÁRIO

Se para quem passa o problema causa repulsa, a situação é pior ainda para quem precisa trabalhar diariamente nas proximidades. Este é o caso de uma vendedora que considera a situação lamentável.

"É horrível, lamentável. Todo dia é isso. Por causa desse cheiro a praça não é usada para o lazer, as pessoas não gostam de ficar paradas aqui", disse a jovem.

Cheiro forte de urina e chão cheio de lixo compõem o cenário na parte do monumento em São Brás (Foto: Kleberson Santos/DOL)

TERMINAL

A situação fica ainda mais grave quando consideramos que a Praça do Operário fica ao lado do Terminal Rodoviário de Belém, onde diariamente embarcam e desembarcam turistas e visitantes vindos de outras partes do país e se deparam com um cartão de visitas nada convidativo.

Para tentar diminuir os efeitos da urina aos pés do monumento, a vendedora diz que alguns dos trabalhadores informais já tentaram resolver o problema com a Prefeitura, mas não tiveram êxito. "Um grupo de trabalhadores já foi até a prefeitura para conversar, mas nunca fizeram nada. Aqui não temos limpeza e nem segurança", lamenta.

EXEMPLO A SEGUIR

Um dos motivos para o problema certamente é a falta de locais adequados para que as pessoas possam fazer suas necessidades fisiológicas, como os banheiros químicos inexistentes na área.

Um exemplo que pode ser seguido pelo poder público municipal, responsável pela manutenção e fiscalização de espaços como as praças é disponibilizar locais adequados para este fim.

Na cidade do Rio de Janeiro, mictórios públicos existem há cerca de cinco anos, as chamadas Unidades Fornecedoras de Alívio (UFA!) que permite o uso sem que haja constrangimento e agressão ao meio-ambiente.

Cabines que servem como banheiros foram instaladas em locais estratégicos da cidade do Rio de Janeiro e ajudam a melhorar o ambiente (Imagem: reprodução/Youtube)

Segundo o professor de química Cláudio Santos, o problema principal está no fato da grande quantidade de amônia, substância encontrada na urina, além da água, uréia, cloreto de sódio e ácido úrico, ter por propriedade a fácil evaporação o que pode causar tontura e dor de cabeça em quem inala o produto rotineiramente.

"A amônia é a substância que evapora e propicia o mau cheiro podendo causar intoxicação, se for em um local fechado até mesmo pode levar a inconsciência de uma pessoa", analisou o professor acrescentando que para a estrutura não há um risco.

O DOL solicitou nota à Secretaria de Urbanismo de Belém (Seurb) e aguarda um posicionamento sobre a questão.

(Kleberson Santos/DOL)

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