Como ensinar o animal fazer xixi no lugar certo?

Quantas pessoas não já sentiram vontade de ter um cachorro ou gato, mas ao pensarem no trabalho de cuidar dos pets, acabam desistindo. Grande parte dessa preocupação é o fato dos animais acabarem fazendo suas necessidades fisiológicas em qualquer lugar da casa, mas isso pode ser mudado com trabalho educativo.

A veterinária Michelly Vasconcelos explicou ao DOL que é possível educar os pets. “As pessoas têm muita dificuldade de fazer isso, pois requer tempo, paciência, disposição e muito amor”, afirma.

Ela diz que além de educar, existem vários produtos no mercado que ajudam nesse processo. “Existem vários produtos no mercado pet, porém você tem que treinar o seu animal. Por exemplo, o auxiliar de educação sanitária pode ser colocado em jornais ou em tapetes higiênicos em quatro lugares, onde você quer se peludinho faça as necessidades. A cada duas semanas, você irá tirar um dos locais até ficar no local da sua escolha, porém sempre você terá que indicar ao seu animal nas primeiras semanas. Existem produtos que você usa quando o animal fizer as necessidades fisiológicas no local errado, que tem um cheiro muito ruim para o animal”, explica.

Michelly detalha ainda que esse trabalho é mais fácil quando o pet ainda é filhote. “Quando filhote facilita o aprendizado, porém, se já for adulto, também é possível, porém eles demoram um pouco mais para aprender. Recompensar o animal com carinho ou dar um petisco, também pode ajudar nessa educação já que ele entende que está fazendo o certo”.

Vale lembrar que, caso o animal não aprenda, não se deve brigar, gritar, ser agressivo ou bater, pois isso poderá causar traumas no bicho.

Outra dica da veterinária Michelly Vasconcelos é que o local escolhido para o pet fazer as necessidades fisiológicas, deve estar longe do local onde ele se alimenta.

A educação do PET

Olaf, um Husky Siberiano, de apenas dois anos e oito meses já aprendeu direitinho o lugar certo para fazer as suas necessidades fisiológicas. A funcionária pública Gabriela Condurú, conta que esse processo para ensinar o pet não foi fácil. “Eu não diria que foi difícil, mas trabalhoso. Exige paciência. Nós sempre demos carinho e petiscos como forma de retribuir quando ele fazia no lugar certo”.

Ela conta que a educação do pet começou logo cedo. “Comecei a ensinar quando ele tinha três meses. No começo ele usava fralda descartável de bebê (já que ele é grande, e aquelas próprias de cachorros eram pequenas e caras). Ele ficava com essa fralda, e de 3 em 3h mais ou menos, eu tirava e levava ele no lugar do xixi”, explica.

Olaf quado ainda usava fralda descartável. (Foto: arquivo pessoal)

Gabriela conta ainda outros métodos que aprendeu lendo o livro “Adestramento inteligente” e usava para ensinar Olaf. “Eu também usava a fralda urinada pra ‘carimbar’ o cheiro no lugar ‘certo’. Usei nesse processo, tipo uns tapetinhos - que lembra a textura da fralda, pro cheiro fixar melhor. Cheguei a usar um adestrador sanitário também, mas não vi muita diferença com ele. Então eu ‘carimbava’ a tal fralda lá, ficava com ele, esperando ele fazer xixi, e quando fazia, dava um carinho e um petisco”, relembra. Ela afirma que esse processo demorou quatro dias.

(Foto: arquivo pessoal)

“Com as fezes eu precisei de ajuda, mas porque sou deficiente visual. Sempre que ele fazia a posição do cocô, me avisavam, e eu corria e pegava ele e levava pro lugar. Nunca esfreguei o focinho dele, foi sempre o método de recompensa carinho e petisco”, afirma.

Gabriela Condurú finaliza dizendo que “Olaf é muito educado, tanto que as vezes vai passear, e só faz as necessidades fisiológicas quando volta pra casa”.

CAMPANHA PROJETO SOS PETS

O DIÁRIO e o DIÁRIO ONLINE (DOL) publicarão uma série de 12 matérias relacionadas aos animais de estimação, sempre aos domingos e quinta-feiras (DIÁRIO) e segunda e quartas (DOL), sobre alimentação, saúde, comportamento, entre outros temas relacionados ao mundo animal. O projeto tem o patrocínio da Helfine e do Help Fast Delivery.

Texto: Ana Paula Azevedo

Arte: Demax Silva

Coordenação: Diana Verbicaro

(DOL)