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Animais que auxiliam em atividades terapêuticas

Além de serem companheiros, os animais domésticos também podem ser fundamentais em terapias de contato para reabilitações diversas. Há 3 anos, a Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra) mantém em andamento o projeto de Pesquisa e Extensão “EntreLaço”

Além de serem companheiros, os animais domésticos também podem ser fundamentais em terapias de contato para reabilitações diversas. Há 3 anos, a Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra) mantém em andamento o projeto de Pesquisa e Extensão “EntreLaço”. Nele, cães abandonados e recolhidos pelo canil da instituição são treinados para o papel de co-terapeutas ou motivadores de pessoas com algum tipo de deficiência intelectual - autismo, transtornos, paralisias, etc.

À frente dele desde sua criação, a professora Fernanda Hatano, dos cursos de Medicina Veterinária e Zootecnia, acompanha as turmas que comparecem às atividades pelo menos 2 vezes por semana. No momento, há uma turma de 8 praticantes realizando um curso de informática com o estímulo dos animais. Os avanços são mais do que significativos e ajudam principalmente em situações de socialização e melhora de autoestima.

“Por ser uma relação prazerosa, os praticantes reagem à liberação de substâncias como ocitocina, serotonina, diminuição do cortisol, aliviando o estresse, por exemplo”, detalha. “O autista tem dificuldade com pessoas, mas tem facilidade na relação com animais. É uma ponte transpor isso para relações humanas”, avalia.

Professores de outras áreas e estagiários participam das atividades. Uma delas é a estudante de Medicina Veterinária, Érica Menezes, 22 anos. “A temática me chamou a atenção e entrei no ano passado. O animal é absolutamente fundamental nessa terapia. O bem é para os dois: para o animal e para o praticante”, afirma.

Os animais passam por processo de treinamento e orientação para atender pacientes e público em geral (Foto: Divulgação)

O Espaço Arima oferece atividades terapêuticas com animais (Foto: Divulgação)

PARCERIA

Ela participa dos treinos feitos previamente com os cachorros, que identificam a aptidão de cada um para a atividade, e depois auxilia nas atividades terapêuticas. “É um motivador. A pessoa acredita que consegue fazer determinada coisa porque o cão está ali do lado. Mesmo os que não gostam tanto de bichos. O ganho de socialização e de independência é enorme”, garante a estudante. A terapeuta ocupacional Vanessa Brasil, 27, atua em uma clínica em Ananindeua, o Espaço Terapêutico Amira Figueiras (Arima). Lá, eles usam animais nos tratamentos para reabilitar crianças. Para Vanessa, todo animal pode ser considerado um parceiro quando o assunto é atividades terapêuticas para crianças com dificuldades de aprendizagem, timidez excessiva, baixa autoestima, histórico de depressão, dentre outros.

“O contato com eles ajuda nesse desenvolvimento. Usamos coelhos, cavalos e aves diversas. Elas fazem a aproximação com os animais, para começar, se conhecer, ficar à vontade”,

explica Vanessa. À medida em que a criança vai estabelecendo contato, ganhando confiança com o animal, às vezes até pelo olhar mesmo, a terapia é iniciada. “A criança passa a alimentar, carregar no colo dependendo do tamanho, montar o cavalo para depois iniciar a atividade. Não existe um tempo mínimo ou máximo, tudo depende dos objetivos”, confirma a terapeuta ocupacional.

Vanessa explica que, principalmente no caso das crianças que não verbalizam, o animal ajuda com o contato. “Os avanços são muito consideráveis e generalizam para outros ambientes e pessoas. É comum ver a criança admitir que precisa, por exemplo, controlar a raiva para carregar o animal”, explica.

Scaff: cães oferecem segurança para os cegos (Foto: Ricardo Amanajás)

Pará pode ter centro para treinar cães-guia

O deputado estadual José Scaff Filho (PMDB), autor de vários projetos de lei voltados à causa animal, criou um que garante o acesso de cães guias em estabelecimentos públicos e privados. Ele defende a criação de um centro de treinamento desse tipo de “animais de serviço” aqui no Estado para atender uma demanda, já que quem quer ter um animal assim precisa recorrer a centros no exterior.

O senhor criou o projeto de lei que assegura o acesso de cães guias em estabelecimentos públicos e privados. Por que resolveu assumir essa demanda? De que forma, no seu entendimento, essa garantia facilita a vida do deficiente visual?
Contar com ajuda de um cão-guia nas atividades do dia a dia com certeza iria fazer parte das necessidades de grande parte dos portadores de cegueira ou pessoas com baixa qualidade de visão. O cachorro ajuda na questão da confiança, evitando cair no buraco, ajudando a atravessar a rua. Enfim, é essencial para que o deficiente saiba como se locomover pelos ambientes e pelas ruas com mas facilidade.

Quais os seus projetos para tentar facilitar que mais deficientes tenham acesso a um “ajudante” tão importante?
Considero importante a criação de um centro de treinamento no estado do Pará, pois o ganho do uso do cão guia para os deficientes visuais transmite uma forte sensação de segurança.

TERAPIA ASSISTIDA POR ANIMAIS (TAA)

A TAA é uma intervenção dirigida, com objetivos específicos para cada patologia e faixa etária, onde o animal de estimação é especialmente treinado como parte integrante do processo de tratamento. É um método alternativo de ajuda terapêutica, onde os pacientes se identificam com o bicho e este passa a ajudar na recuperação, tornando-se a força motivadora que melhora o tratamento.

PROJETO SOS PETS

O DIÁRIO e o DIÁRIO ONLINE (DOL) publicarão uma série de 12 matérias relacionadas aos animais de estimação, sempre aos domingos e quinta-feiras (DIÁRIO) e segunda e quartas (DOL), sobre alimentação, saúde, comportamento, entre outros temas relacionados ao mundo animal.
O projeto tem o patrocínio da Helfine e do Help Fast Delivery.


(Carolina Menezes/Diário do Pará)

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