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Família Jatene custa R$3,6 milhões aos cofres

Pelo menos 15 parentes do governador Simão Jatene ocupam cargos comissionados em órgãos públicos paraenses. A lista inclui os dois filhos dele do primeiro casamento - Beto e Izabela, que acabou de ser nomeada pelo pai ao cargo de secretária de Estado de M

Pelo menos 15 parentes do governador Simão Jatene ocupam cargos comissionados em órgãos públicos paraenses. A lista inclui os dois filhos dele do primeiro casamento - Beto e Izabela, que acabou de ser nomeada pelo pai ao cargo de secretária de Estado de Municípios Sustentáveis -, além do enteado do segundo matrimônio. Há, ainda, genro, nora, primo da mulher e uma vários sobrinhos.

Juntos, os parentes de Jatene custam aos cofres públicos R$ 211 mil por mês, o que dá mais de R$ 2,7 milhões por ano, com o 13º. Somando a essa fortuna os ganhos do próprio Simão Jatene, a conta ultrapassa os R$ 3,6 milhões por ano. É que o governador recebe quase R$ 68 mil por mês, provenientes de duas pensões, que representam mais de R$ 880 mil brutos anuais.

O caso mais gritante de parentes de Jatene em cargos comissionados é o da sua filha mais velha, Izabela (leia à dir.). Como professora da Universidade Federal do Pará (UFPA), a remuneração bruta de Izabela é de cerca de R$ 8,5 mil. Em 2011, ela passou a coordenar o programa Propaz, a convite do pai.

Filha secretária

Achando pouco, o governador criou, em 2015, a Secretaria Extraordinária de Políticas Sociais especialmente para Izabela comandar. Pelo cargo, a moça recebia mais de R$ 21 mil por mês. O mais recente movimento dessa farra da família Jatene com dinheiro público - e quem paga a conta é você, caro leitor! - foi dado na última terça-feira (25). Nesse dia, Izabela deixou a Secretaria de Políticas Sociais para assumir a já citada Secretaria Extraordinária de Municípios Sustentáveis - também criada para ela -, ganhando o mesmo salário: mais de R$ 21 mil.

O outro filho do governador, Alberto Jatene, é assessor jurídico do Ministério Público de Contas dos Municípios do Estado do Pará (MPCP). Seu salário bruto é superior a R$ 25 mil. Mais conhecido como “Beto Jatene”, o rapaz ficou famoso em todo o Brasil, ao envolver-se em dois escândalos. Em junho do ano passado, o MP resolveu processá-lo por improbidade, porque os postos de gasolina de Beto venderam mais de R$ 5 milhões em combustíveis ao Governo do Pará. Ou seja, era o papai governador dando dinheiro público ao filho.

Seis meses depois, Beto foi preso pela Polícia Federal, acusado de integrar um esquema de desvio de royalties de mineração, pelo qual teria recebido R$ 700 mil.Há 2 meses, a PF o indiciou por corrupção, lavagem de dinheiro e participação em organização criminosa. E assim, a família Jatene segue desafiando a Lei e a paciência do povo paraense. Mas sempre com muito dinheiro no bolso.

Com base em decisão do STF no Rio, PMDB pede suspensão da nomeação de Izabela

No Rio de Janeiro, o prefeito Marcelo Crivella nomeou seu filho, Marcelo, ao cargo de secretário chefe da Casa Civil da Prefeitura, no dia 1º de fevereiro. Mas o Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu o decreto. A nomeação questionada ofenderia o teor da Súmula Vinculante 13 do STF.

A súmula diz que a nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento viola a Constituição Federal. E foi justamente o teor da Súmula Vinculante do STF e a decisão de suspender a nomeação de Crivella que motivaram uma reclamação constitucional impetrada pelo PMDB e encaminhada à presidente do Supremo, Carmem Lúcia Rocha, pedindo a suspensão da nomeação de Izabela Jatene para a nova secretaria.

O advogado do partido, André Bassalo diz, na ação, que a prática é vedada pelo próprio tribunal e que, na prática, o ato do governador tem motivos eleitoreiros. A justificativa ficou mais clara 2 dias depois da nomeação, quando a secretária e o pai lançaram um programa chamado Municípios Sustentáveis, onde as prefeituras que aderirem receberão obras com recursos do Estado, tudo sob coordenação de Izabela, que terá R$ 500 milhões de orçamento da nova secretaria. O lançamento do programa, no Hangar, foi claramente em tom de campanha política em favor da “supersecretária”.

(Ana Célia Pinheiro/Diário do Pará)

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