plus

Edição do dia

Leia a edição completa grátis
Previsão do Tempo 27°
cotação atual R$


home
NOTÍCIAS PARÁ

Hotéis e outras alternativas ao seu pet

Todo dono de pet já passou pela difícil experiência de equilibrar a vontade ou a necessidade de viajar com a decisão sobre como garantir o bem-estar do animal de estimação durante o período de ausência. Que o diga a bióloga Maíra Cardoso, 28, que está faz

Todo dono de pet já passou pela difícil experiência de equilibrar a vontade ou a necessidade de viajar com a decisão sobre como garantir o bem-estar do animal de estimação durante o período de ausência. Que o diga a bióloga Maíra Cardoso, 28, que está fazendo pós-graduação e, por isso, acaba precisando sair de Belém para o interior do Pará por semanas. Ela tem de deixar o Nilo, um cãozinho sem raça definida de três anos de idade, confortável o suficiente para amenizar a tristeza inevitável pelo afastamento do dono.

Quando Maíra resolveu que queria adotar um bichinho, ela morava só e já tinha essa rotina de viagens, então passou um tempo ‘consultando’ amigos que também passam por isso e têm animais em casa. “Ouvia o que eles diziam sobre deixar em hotel, deixar com parentes, amigos, enfim, me preparei. Aí, com um ano de idade eu escolhi que ele ficasse em um hotel, por cerca de 20 dias”, lembra.

Não foi nada fácil, nem para o Nilo nem para a Maíra. Se de lá ela sentia saudades, aqui ele não comia e a tristeza o deixou bem abatido. “Foi uma experiência traumatizante, não pelo hotel, que tinha veterinários que cuidaram bem dele. Mas porque o Nilo era muito acostumado a ficar só comigo. Então, ele sentiu bastante”, explica.

PET SITTERS

Atualmente morando com a mãe, ela recorre a esse tipo de alternativa com menos frequência que antes. Hoje ela tem uma opção que acaba sendo bem mais vantajosa para os dois: o auxílio de um pet sitter.

O nome sugere exatamente o que se imagina: o animal fica em casa e a pessoa contratada vai lá e cuida da alimentação, das necessidades fisiológicas, passeia, faz um carinho, enfim, cuida para que o bichinho sofra o mínimo possível por não ter o ‘mestre’ por perto. “Quando o período é menor e há disponibilidade, eu prefiro optar pelo pet sitter. Não que os hotéis sejam ruins, mas é que, no fim das contas, o meu cachorro acaba tendo muito mais atenção”, justifica a bióloga.

João Paulo Oliveira é um dos pets sitters que trabalham em Belém. (Foto: Arquivo Pessoal)

Por ser um serviço relativamente novo por aqui e com poucos que o oferecem, se Maíra não correr para fazer a reserva, não consegue. No início do ano, por exemplo, em janeiro, o Nilo ficou em um hotel por onze dias enquanto ela viajava porque não havia pet sitters disponíveis. “Apesar de ter veterinários e mais estrutura, eu acho que hotel sempre é um risco. De o animal voltar com carrapatos, ou mesmo de briga com outro animal que estiver lá”, pondera ela, que afirma realizar todo um preparo prévio à hospedagem, que envolve administração de vitaminas, carrapaticidas e outras prevenções. “Infelizmente, os poucos hotéis que hoje estão em funcionamento, em geral, têm um serviço mediano. Alguns fecharam e outros de melhor qualidade cobram mais caro”, lamenta.


O estudante de veterinária João Paulo Oliveira, 26, é um dos pet sitters que ajudaram Maíra. Ele já trabalhava oferecendo banhos em animais sem sair de casa e costumava escutar histórias sobre hospedagens que terminaram com o animal infectado com carrapatos, ou doente por não conseguir comer, e resolveu “expandir” o atendimento. “O que acontece é que vou com o dono, para saber o máximo sobre o dia a dia do animal, e vou na casa em determinados horários, para garantir que ele coma, passeie, enfim, sofra o mínimo de mudança possível com a ausência”, detalha.

Até agora ele e a noiva, que o ajuda nas tarefas de pet sitter, já atenderam quatro animais e entendem que o ganho desse tipo de serviço é tanto do dono, que fica mais tranquilo por saber que o animal está seguro; quanto do próprio pet, que tem uma mudança mínima de rotina. “Animal de estimação é da família, normal que as pessoas queiram cuidar dele. Tudo o que envolve a garantia do bem-estar desses bichinhos é válido”, avalia.

DOG HERO: SERVIÇO BOM, BARATO E QUE DÁ ATÉ SAUDADE EM TODOS OS LADOS

A empresária Deise Rios, 32, tem três cães que sempre ficaram em hotel, e nem ela, nem os animais - aparentemente - tiveram problemas com isso em qualquer ocasião. No entanto, tudo mudou quando, por um grupo de WhatsApp, ela ficou sabendo que já tinha em Belém quem estivesse atuando como ‘dog hero’ e resolveu testar para ver se valia a pena. Deu tão certo que até o cachorro voltou chateado para casa. “Dos meus três cães, duas são menores e já tem uma certa idade. Então, passei a deixar com familiares quando viajo. Mas o Caio é um Samoieda, cão de grande porte, que precisa andar, gastar energia”, justifica. Entra em cena o fotógrafo Tony Gonçalves, 28, que há cerca de um ano e dois meses hospeda animais em casa quando seus donos viajam. E eles acabam se tornando uma companhia para a Golden Retriever que ele tem, a Athenna. “Caio e Athenna se deram tão bem que, quando fui buscá-lo, ele voltou meio chateado”, diverte-se a empresária, que não poupa elogios ao cuidado e, principalmente, ao carinho dispensado por Tony ao animal. “Ele mandava vídeos, fotos, eu via que ele estava passeando, brincando, tendo uma atenção quase que exclusiva. Dormindo no ar condicionado, como ele dorme na minha casa”.

Inclusive, Caio e Athenna já têm encontro marcado em dois meses, quando Deise viaja com a família. Ela já reservou espaço na agenda do fotógrafo. “Eu repito: a experiência com o hotel nunca foi ruim, mas saber que meu cachorro tem toda essa atenção nesse esquema com o Tony é muito melhor”, reforça, afirmando que até em termos financeiros a troca vale a pena. “Em hotel, por ele ser grande, chego a pagar uma diária de R$ 70, e para deixar sob os cuidados do Tony pago um pouco mais da metade disso”, compara.

O engraçado é que o fotógrafo virou “dog hero” sem nem saber o que era um “dog hero”. E tudo começou quando uma amiga veterinária pediu a ele que cuidasse do seu Golden Retriever por uns dias enquanto ela viajava para um workshop. De lá para cá, Tony já hospedou cerca de 12 pets. Só nesse mês de abril, por causa dos feriados, chegou a ter cinco ao mesmo tempo. “Mas evito. Penso na qualidade de vida deles. Se for para prender porque um pode estranhar o outro, prefiro explicar que não tenho condições de receber”, revela.

Tony Gonçalves passeia com alguns de seus hóspedes pelo Portal da Amazônia. (Foto: Arquivo Pessoal/Diário do Pará)

Tony costuma receber os animais entre quatro e até 20 dias, e eles se fazem com o fato de que, recém-mudado para uma casa relativamente grande e com poucos móveis, o que não falta é espaço para eles circularem. “Moro praticamente no quarto, a sala não tem móveis, nem o corredor. Tenho um quarto desocupado com uma grade, para o caso de precisar prender um deles, mas nunca usei. Não gosto”, justifica.

Cobrando uma diária simbólica que varia entre R$ 30 e R$ 40, o fotógrafo garante que faz as hospedagens mais por prazer do que por qualquer outra coisa. “E me apego! Tem uns que, quando vão embora, eu sinto, a Athenna sente. A diária é mais uma questão de manutenção, pagar a diarista, levar a Athenna para um banho no pet depois de um dia de brincadeira com o ‘colega’”, lista, revelando que já tem datas reservadas para receber hóspedes frequentes em julho e agosto.

JÁ OUVIU FALAR?

Como se fosse o Uber dos cães, é possível se cadastrar no site https://www.doghero. com.br ou pelos aplicativos disponíveis para celular como cuidador ou como dono de cão a ser hospedado.

Informando bairro onde mora, características da casa ou do animal, é possível estabelecer valores, tempo de estadia e até comentar sobre experiências boas ou más, bem como avaliar os usuários e torná-los uma referência ou não.

PROJETO SOS PETS

O DIÁRIO e o DIÁRIO ONLINE (DOL) publicarão uma série de 12 matérias relacionadas aos animais de estimação, sempre aos domingos e quinta-feiras (DIÁRIO) e segunda e quartas (DOL), sobre alimentação, saúde, comportamento, entre outros temas relacionados ao mundo animal. O projeto tem o patrocínio da Helfine e do Help Fast Delivery.

(Caronlina Menezes/Diário do Pará)

VEM SEGUIR OS CANAIS DO DOL!

Seja sempre o primeiro a ficar bem informado, entre no nosso canal de notícias no WhatsApp e Telegram. Para mais informações sobre os canais do WhatsApp e seguir outros canais do DOL. Acesse: dol.com.br/n/828815.

Quer receber mais notícias como essa?

Cadastre seu email e comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Conteúdo Relacionado

0 Comentário(s)

plus

Mais em Notícias Pará

Leia mais notícias de Notícias Pará. Clique aqui!

Últimas Notícias