Greve pode atingir Belém, Ananindeua e Marituba

Terminou sem acordo a reunião, realizada ontem, entre representantes do Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários do Pará e do Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros de Belém (Setransbel), convocada para discutir a data-base/2017 da categoria. Os rodoviários reivindicam 10% de reajuste salarial, dos quais 5% correspondem ao índice inflacionário do período de maio de 2016 a maio de 2017. A categoria vai se reunir em assembleia-geral nesta quinta-feira (27) para decidir se entra ou não em greve.

Segundo o secretário-geral do Sindicato dos Rodoviários, Willen Ribeiro, os empresários rejeitaram a proposta de reajuste e ainda apresentaram uma contraproposta que incluiu o aumento da jornada de trabalho dos rodoviários de 7,20h para 8h diárias ou 12h diretas com 36h de folga. “Consideramos a proposta da patronal absurda. Os rodoviários enfrentam um trânsito caótico, o que contribui para ser uma das atividades mais estressantes”, argumenta.

Atualmente, o salário do motorista é de R$ 1.733 e do cobrador, R$ 937. No fim da reunião, ficou acertado um novo encontro entre trabalhadores e patronal, amanhã, na sede do Setransbel, para discutir uma nova proposta. O resultado dessa reunião será discutido na quinta-feira, em assembleia-geral da categoria. “Se não houver acordo, a greve pode iniciar a partir desta sexta-feira”, adianta.

Se for mesmo deflagrada, a greve vai atingir a população que depende de transporte público de Belém, Ananindeua e Marituba.

(Leidemar Oliveira/Diário do Pará)