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Pets exóticos são tidos como animais de estimação

Enquanto muitos criam cães e gatos, há aqueles que, digamos, preferem investir em outras espécies. Algumas são silvestres e podem assustar um visitante desavisado. Mas os donos garantem que os bichos são praticamente “da família”. Para os criadores, não e

Enquanto muitos criam cães e gatos, há aqueles que, digamos, preferem investir em outras espécies. Algumas são silvestres e podem assustar um visitante desavisado. Mas os donos garantem que os bichos são praticamente “da família”. Para os criadores, não existe diferença quando há amor e responsabilidade em garantir que eles vivam bem dentro de suas especificidades e necessidades.

O biólogo e estudante de Veterinária Felipe Furtado, 28 anos, divide um apartamento com a esposa Ively, a filha do casal, Maitê, de apenas dois meses de vida, e ainda com uma cobra, uma coruja, um gavião e um falcão. Os dois são apaixonados por animais silvestres e garantem que não enfrentam nenhum problema por ter a “casa cheia”. “É uma relação de confiança, uma troca muito intensa com esses animais, diferente de qualquer outra”, explica o biólogo, que desde criança já gostava de cuidar de bichinhos “diferentes”. “Minha mãe ficava maluca, dizia: ‘Menino, por que não crias um cachorro?’, e eu gostava de coruja com 12 anos de idade”, diverte-se.

Todos os animais de Felipe vieram de fora e foram comprados de criadouros licenciados pelo Ibama. O primeiro deles, o gavião, inclusive foi meio cupido na relação dele com a esposa. “A gente se aproximou porque ela também é da área, queria saber mais sobre a ave e assim foi”, revela. Por incrível que pareça, a cobra é o bicho mais tranquilo que o biólogo tem em casa. “Mas porque é um animal geneticamente modificado desde a matriz, de forma que o cheiro do humano é amistoso a ela”, explica.

Já as aves têm rotinas próprias, o que inclui exercícios físicos quase que diários - sim, elas voam e voltam, partindo de um local apropriado, é claro - e uma alimentação à base de codornas e camundongos tratados pelo próprio Felipe. “O gavião eu levo ao Bosque Rodrigues Alves e as crianças me cercam, fazem fotos”, garante. A coruja é a “caçula” da casa. Chegou há apenas dois meses e ainda está se ambientando ao lugar. A paixão por aves o levou à criação do grupo Harpia de falcoaria, o qual ele divide com outros aficcionados e estudiosos da fisiologia e do estilo de vida desses animais. “É preciso conhecer bastante para ter um animal silvestre. Minha profissão ajudou”, diz Felipe.

A bióloga Aline Alves, com Leandro Oliveira e Beatriz Oliveira. Eles criam um falcão de coleira, um gavião asa de telha, uma jiboia e um falcão de coleira. Foto: Alberto Bitar

CONHECIMENTO

A casa da bióloga Aline Alves, 25, também é “cheia”. Além dos pais e do namorado Leandro, moram três serpentes, um falcão e um gavião. Ela ainda trabalha como voluntária junto ao Batalhão de Polícia Ambiental (BPA), na reabilitação de aves rapinas. A jovem admite que o conhecimento científico adquirido na faculdade a ajuda a entender algumas coisas que não são tão fáceis de explicar com relação ao bem-estar desses animais.

“É comum olhar as aves, as serpentes e perguntar se estão bem ali, paradinhas, porque as pessoas pensam logo nas necessidades, por exemplo, do cachorro”, analisa. “São fisiologias bastante diferentes, então eu sei que, quietinhas daquele jeito, com a alimentação que têm e o exercício que fazem, estão bem”, justifica. Ela só não tem mais espécies por conta das viagens a trabalho que a tiram, junto com o namorado também biólogo, de casa com alguma frequência. “Vontade a gente sempre tem, só que eles exigem um acompanhamento veterinário, uma atenção diferenciada, que não pode ser comprometida”, recomenda.


PARA ENTENDER

PROCEDIMENTOS PARA SE TER UM ANIMAL SILVESTRE

Animais silvestres devem ser adquiridos em criadouros autorizados pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) ou pelo órgão ambiental estadual, como a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Semas). No site do Ibama, é possível encontrar uma lista com esses locais.

Todos os animais comprados devem ter a nota fiscal e o comprovante de origem do animal. O mesmo precisa conter um chip ou uma anilha que identifica a procedência do bicho.


CAMPANHA

PROJETO SOS PETS

O DIÁRIO e o DIÁRIO ONLINE (DOL) publicarão uma série de 12 matérias relacionadas aos animais de estimação, sempre aos domingos e quinta-feiras (DIÁRIO) e segunda e quartas (DOL), sobre alimentação, saúde, comportamento, entre outros temas relacionados ao mundo animal. O projeto tem o patrocínio da Helfine e do Help Fast Delivery.

PING PONG

Rafaelle Santos, 31 anos, veterinária especializada em animais silvestres
P: Como ter um animal silvestre em casa?

R:Os animais silvestres que são criados como pets são animais nascidos em criadouros autorizados pelos órgãos competentes. Somente esses animais são oficialmente legais para serem criados como Pet. Eles não são animais retirados da natureza. O mais importante antes de ter um animal “diferente” é estudar bastante sobre o mesmo. O que come, como deve ser manejado, aonde posso levar meu animal se ele adoecer, conhecer outras pessoas que possam ter um animal desse.

P:Como profissional, qual a sua relação com esses animais?

R: São desafiadores, quando se fala na rotina clínica, que é a minha vivência. São maravilhosos, mas vale ressaltar que existe muita coisa em comum com os pets convencionais, como o carinho, o cuidado, a responsabilidade. Inclusive as questões relacionadas aos maus-tratos são as mesmas dos domésticos e têm grande importância também.

(Carolina Menezes/Diário do Pará)

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