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Pais devem alertar filhos para riscos na internet

Ao escutar “Baleia azul”, ninguém poderia imaginar que um animal tão dócil seria associado a um jogo tão macabro e perigoso. Um perigo para os adolescentes e um alerta para os pais sobre os riscos da internet. Ninguém sabe como o jogo surgiu, mas se espec

Ao escutar “Baleia azul”, ninguém poderia imaginar que um animal tão dócil seria associado a um jogo tão macabro e perigoso. Um perigo para os adolescentes e um alerta para os pais sobre os riscos da internet. Ninguém sabe como o jogo surgiu, mas se especula que foi iniciado na Rússia, em 2015, e se espalhou pelo mundo até chegar ao Brasil. De acordo com investigações da polícia, o Baleia Azul já teria sido responsável por pelo menos 2 suicídios de jovens no Brasil e ainda mais de 100 na Rússia.

Diante das notícias, é importante conhecer o desafio e os sinais de quem pode estar envolvido. O jogo funciona da seguinte forma: os curadores são os organizadores dos desafios e selecionam quem pode participar. Eles mandam convites aos usuários escolhidos, seja pelo Facebook ou pelo WhatsApp. A partir daí, enviam um desafio a cada dia e os prazos para cumprir a tarefa. O último desafio termina com a morte do envolvido. Quem não cumpre tem a família ameaçada.

O público mais visado é o de adolescentes. De acordo com a psicanalista Elizabeth Samuel Levy, essa é a fase da vida marcada por transformações, medos, desafios, aceitação e vulnerabilidade. “A aceitação grupal é um fator a se considerar nesta faixa etária, pela necessidade de identificação e pertencimento social”, explica. Esses fatores fazem do jovem um alvo mais fácil para esse tipo de atividade.

Restrições

A psicanalista acredita que um dos primeiros passos para os pais é controlar o tempo na internet. “Os adolescentes devem ter acesso, sim, mas também tem de sair, curtir, ter amigos reais”, orienta. A empresária Eliene Martins, 39 anos, por exemplo, tem essa preocupação com o filho de 13 anos, Vitor Martins, que desde muito pequeno já sabia navegar na web. “Fico preocupada com o excesso e sempre converso com ele para administrar o tempo online e offline”, diz. Por isso, a mãe incentiva o filho a sair, ler livros e se divertir sem a internet.

Ao saber do Baleia Azul, Eliene se preocupou e logo conversou com o filho a respeito. Vitor já sabia do desafio e foi ele quem explicou a ela o jogo. Para o alívio da mãe, ele não demonstrou interesse em se envolver e mostrou repúdio à atividade. “Confio no meu filho, mas procuro conversar sobre o que está acontecendo na atualidade, manter um diálogo aberto e saber o que se passa com ele”, conta.

Na internet

Participantes trocam mensagens nas redes sociais

Perigos

Os participantes do grupo também se comunicam pela rede social Twitter, que utiliza mensagens instantâneas de até 140 caracteres. Os envolvidos usam hashtags como i_am_whale (eu sou baleia, em inglês), #wakemeupat420 (me acorda às 4h20, em inglês, em referência ao horário em que os desafios são enviados). Em uma rápida pesquisa na manhã de terça-feira (18), o DIÁRIO encontrou centenas de tweets como tais. Nos casos, aparentemente verídicos, os usuários usam perfis falsos para se comunicarem. Há uma infinidade de mensagens (em inglês) de pessoas do mundo todo pedindo que os curadores do jogo façam o convite, como “Estou pronto para jogar”, acompanhados das hashtags.

Campanha do bem

Baleia rosa

Uma página nas redes sociais traz 50 tarefas para serem executadas, uma por dia, para promover o bem, tanto aos outros como a si mesmo. A campanha Baleia Rosa está no ar desde 13 de abril, no Facebook. Em pouco mais de uma semana, a página foi curtida por mais de 240 mil pessoas.

Criado por dois amigos publicitários, o projeto tem página no Facebook, no Twitter e no Instagram, além do site oficial. Entre as tarefas propostas, estão olhar no espelho e agradecer por tudo que tem na vida, ligar para os avós, usar uma roupa nova em plena segunda-feira, pedir desculpas ou perdoar alguém – desbloquear nas redes sociais também vale – e conversar com alguém com quem você não fala há muito tempo.

Diante das suspeitas, que atitude tomar?

De acordo com a diretora da Divisão de Prevenção e Repressão a Crimes Tecnológicos (DPRCT) da Polícia Civil, delegada Vanessa Lee, até o momento não há nenhum caso registrado de participação no Baleia Azul no Pará, mas as autoridades estão acompanhando os acontecimentos. “Caso tenham alguma suspeita de que ele possa ser vítima do desafio, os familiares devem guardar todas as provas de contatos entre o criminoso e o jovem”, alerta. No caso de a vítima ser menor de idade, os responsáveis devem encaminhar as evidências para a Divisão de Atendimento ao Adolescente (DATA), na rua dos Caripunas, entre ruas Roberto Camelier e Tupinambás, bairro do Jurunas, em Belém. Mais informações: (91) 3271-2096 (Data/Polícia Civil)

(Alice Martins/Diário do Pará)

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