A cada dia que passa os pets são cada vez mais incluídos como membro das famílias. Com isso, aumenta a procura por cuidados e até a vaidade para deixar o animal mais bonito. A procura por roupa, sapato, chapéu, entre outros acessórios, está cada vez maior nos pet shops, deixando os cachorros e gatos mais fofinhos, mas é preciso ter cuidado para não interferir no bem-estar do animal.
De acordo com a veterinária Aline Lima, é importante ter atenção, em especial em Belém, antes de comprar uma roupa para o animal. “É importante ressaltar que os animais não precisam de roupinhas em um clima como o nosso, afinal, em Belém, não temos estações do ano definidas, como em outras partes do mundo, que tem um inverno rigoroso”, explica. Ela completa afirmando que o bem-estar do animal deve ser avaliado. “O dono do animal deve observar se seu pet fica incomodado e estressado ao utilizar a roupinha, principalmente os que não estão habituados com esse tipo de vestuário. Então se o animal ficar muito incomodado e até estressado não recomendo a utilização das vestimentas para ele, apenas para uma foto ou algum momento especial”.
A veterinária alerta também que o tamanho e tipo do animal também deve ser avaliado. “Os animais que têm pêlos muito longos, a utilização de roupinhas e sapatinhos podem vir a aumentar a sensação térmica desses animais levando a um estresse calórico. Então é importante ter consciência antes de querer deixar o animal mais bonito”, diz Aline Lima.
O mercado da compra de roupa para animais
De acordo com o empresário Michael Vasconcelos, dono de um pet shop, a procura por roupas de animais tem crescido cada vez mais. “É comum os donos dos animais irem o tempo todo atrás de roupas para os pets. Essa procura aumenta ainda mais em datas comemorativas, como é o caso do Carnaval e Festa Junina”.
Ele explica ainda que o mercado é maior para as fêmeas. “Os donos de fêmeas procuram mais roupas e acessórios e, com isso, acabam tendo mais opções. Aí os donos dos machos acabam reclamando que não tem muitas opções”. Michael Vasconcelos garante que sempre pensa no bem-estar do animal antes de comprar roupas para vender. “A gente procura comprar as roupas pensando no clima de Belém. O material sempre é maleável e leve para não dificultar que o animal ande ou fique abafado. Nossas veterinárias também sempre orientam os clientes para não deixar os pets por dias com as roupas e sim por poucas horas”.
Casos de animais que usam roupas e acessórios
Hannibal e Clarice, de três e dois anos respectivamente, são os pets da publicitária Antonieta Mendonça, e sempre estão estilosos e bem vestidos em dias especiais. E com um detalhe, com roupas de bebês e não de cachorros.
“Eu compro roupas que são de bebês e mando cortar para que o Hannibal possa fazer xixi sem sujar e, também, mando fazer a barra dos vestidos da Clarice para ela não pisar. Tenho a preocupação de verificar se são as roupas são quentes para deixar eles mais confortáveis. Também prefiro as roupas de bebês porque são maiores e mais estilosas”, conta.
Ela conta ainda que Clarice fica mais quieta quando está de roupinha e não gosta de tirar.
(Fotos: arquivo pessoal)
A dentista Paula Malta é dona de dois cachorros: a Lolita, da raça Golden Retriever, de 1 ano e 4 meses, e de Átila, um Pastor Belga de 8 anos. Em entrevista ao DOL, ela contou que prefere usar apenas acessórios, ao invés de roupas. “A Lolita e o Átila usam bandanas. Ela (Lolita) tem uma coleção, de vários modelos, com pedras, brilhos, temática. Também coloco laços, pois é fêmea.
(Fotos: arquivo pessoal)
Reportagem: Ana Paula Azevedo
Artes: Demax Silva
Coordenação: Diana Verbicaro
(DOL)
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