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Esdras Nogueira é atração no Festival Sonido

Foi na fazenda “Barriguda”, no interior do Piauí, que o saxofonista Esdras Nogueira - integrante da banda Móveis Coloniais de Acaju - sossegou a mente e conseguiu compor as músicas de um disco que estava apenas no desejo, mas que por conta dos compromisso

Foi na fazenda “Barriguda”, no interior do Piauí, que o saxofonista Esdras Nogueira - integrante da banda Móveis Coloniais de Acaju - sossegou a mente e conseguiu compor as músicas de um disco que estava apenas no desejo, mas que por conta dos compromissos de trabalho com o grupo e por outras demandas ainda não havia sido realizado. Longe da televisão, internet e celular, ele encontrou a paz necessária para compor. E foram dez músicas em apenas dez dias, todas instrumentais, na companhia de seu sax barítono.

Nada mais justo do que homenagear o local, bucólico, na produção. Assim ele lançou ano passado “NaBarriguda”, seu segundo disco solo, que ele apresenta hoje em Belém, durante o Festival Sonido - Música Instrumental e Experimental, que prossegue até amanhã, no Mercado de Carnes Francisco Bolonha, o Mercado de Ferro do Ver-o-Peso, em Belém.

O álbum foi gravado no Feedback Estúdio, em Brasília, por Valério Xavier, mixado em Brasília e Porto Alegre por Gustavo e Thomás Dreher, e masterizado em Los Angeles por Alexandre Bursztyn. “Fui pra Barriguda quando acabou o carnaval, depois de tanto show, aquele batidão na cabeça. Queria descansar e terminar o disco, pois sempre fui para passar férias, e é um lugar onde fico confortável. As músicas saíam e gravei cinco para o disco e deixei outras guardadas. Foi um processo natural, onde tudo aconteceu. Trouxe as músicas para o estúdio, para a banda, mas esse processo foi fundamental. Você se desligar da rotina para ligar em outras coisas”, comenta Esdras.

Influências do Norte e Nordeste na mistura de Esdras

Quando começou a trabalhar no disco solo, Esdras Nogueira pensava em fazer algo voltado para o chorinho, que tem forte conexão com a cidade onde vive, Brasília. Mas quando estava compondo, surgiram referências de músicas tradicionais do Norte e Nordeste, como forró e carimbó, com uma sonoridade mais dançante e festiva, em parceria com o guitarrista Marcus Moraes.

Além das composições próprias, “Na Barriguda” traz “Lôro”, de Egberto Gismonti, “Capricho de Raphael”, do bandolinista candango Hamilton de Holanda, e encerra com “O Mundo é um Moinho”, de Cartola. “São músicas que gosto de ouvir, que sempre estavam tocando na casa dos meus pais. Meu pai é do Piauí e a minha mãe é do Maranhão, então cresci ouvindo Gonzaguinha, Dominguinhos, Elba Ramalho. E depois que fui a primeira vez em Belém, em 2007, para o Festival Se Rasgum, passei a ter uma conexão com a cidade, porque tem duas coisas que gosto muito: música e comida. Depois disso, fizemos parcerias com Gaby Amarantos, Félix Robatto, Felipe Cordeiro e com grandes saxofonistas daí, como Marcos Puff e Elias Coutinho”, diz.

Móveis

Parada desde dezembro e sem previsão para retorno, a banda Móveis Coloniais de Acaju, com sua mistura sonora, foi fundamental para a carreira solo de Esdras Nogueira. “Foram 16 anos da minha vida e uma coisa que aprendi muito estando em banda grande é que o show precisa funcionar para a interação com o público. Quando tem a voz, fica com um canal direto que aproxima as pessoas, mas na música instrumental é diferente. Tento no show buscar, pela parte rítmica, que as pessoas sintam vontade de dançar, mas tem toda a questão também do jazz, da improvisação, da liberdade”, finaliza.

Sonido retorna após ano sem patrocínio

Voltado à música instrumental, o Festival Sonido chega à segunda edição após ter sido cancelado em 2016 por falta de patrocínio. Na programação, além de Esdras Nogueira, que apresenta-se ao lado de Marcus Moraes (guitarra), Leo Barbosa (percussão), Thiago Cunha (bateria) e Rodrigo Balduíno (baixo), estão Aeromoças e Tenistas Russas (SP), Rafael Azevedo e Nêgo Jó (PA), Jardim Percussivo (PA), Quartabê (SP), Uaná System e Lucas Estrela (PA), Astronauta Marinho (CE) e Albery Albuquerque (PA).

A programação foi viabilizada com patrocínio do Banpará, por meio da Lei Rouanet. “Não fizemos no ano passado, mas já havia alguns convites feitos e mantivemos quase o mesmo line up. Nossa curadoria para o Sonido é semelhante a como fazemos no Festival Se Rasgum: priorizamos artistas que nunca vieram e apresentações exclusivas, que rolam em dupla, como Lucas Estrela e Uaná System, Rafael Azevedo e Nego Jó”, diz o coordenador do evento, Marcelo Damaso.

À música, soma-se o trabalho dos artistas visuais Roberta Carvalho e Luan Rodrigues, com videomapping na fachada e interior do mercado, assim como no palco.

Gratuito

Festival Sonido - música Instrumental e Experimental

Quando: Hoje e amanhã, a partir das 19h

Onde: Mercadod e Carnes Francisco Bolonha Ver-o-Peso

Quanto: Entrada gratuita

Programação

Hoje: Esdras Nogueira (DF), Aeromoças e Tenistas Russas (SP), Rafaela Azevedo e Nêgo Jó (PA) e Jardim Percussivo (PA).

Amanhã: Quartabê (SP), Uaná System e Lucas Estrela (PA). Astronauta Marinho (CE) e Albery Albuquerque (PA).

(Dominik Giusti/Diário do Pará)

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