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Praça da República: retrato do abandono em Belém

A Praça da República, em Belém, deveria ser símbolo de beleza para a capital. Porém, no espaço de 58 mil metros quadrados, localizado no bairro da Campina, o abandono é evidente, com buracos na calçada, árvores sem preservação, bancos quebrados, cestos de

A Praça da República, em Belém, deveria ser símbolo de beleza para a capital. Porém, no espaço de 58 mil metros quadrados, localizado no bairro da Campina, o abandono é evidente, com buracos na calçada, árvores sem preservação, bancos quebrados, cestos de lixo deteriorados, espaços culturais constantemente fechados e grama alta. Para completar, tapumes em volta dos monumentos e coretos lembram uma obra que nunca acaba.

Veja imagens da Praça da República

A reforma da Praça da República foi anunciada no fim de 2015 para começar em março de 2016. A previsão de término era para janeiro deste ano. No entanto, uma breve caminhada pelo espaço já revela o quanto ainda falta para chegar no parâmetro adequado.

O investimento, de R$ 4,1 milhões, é difícil de ser visto pela população. A estudante Dina Marinho, 23 anos, por exemplo, está com problemas de locomoção e precisa do auxílio de uma muleta para ter apoio, mas o desafio se torna maior na calçada com buracos da praça. “A Prefeitura deveria resolver essas questões”, acrescentou.

Já Jefferson Lima, 24, desempregado, precisou sentar em um banco improvisado, na falta de um melhor na enorme Praça da República. Como a madeira do assento há muito tempo está comprometida, restou apenas colocar um pedaço de madeira para sustentar quem ali quisesse sentar.

“Já foi melhor, mas hoje está precário”, opina. “Causa uma péssima impressão ao turista, e todo esse abandono da cidade afasta os visitantes”, afirma.

O carpinteiro Vicente Lopes, 38, resolveu dar uma volta de bicicleta pelo espaço público e se decepcionou. “Pensei que fosse encontrar um local bonito, mas está numa situação complicada”, disse.

INSEGURANÇA

Enquanto isso, a aposentada Lúcia Ramos, 64, atravessa a Praça da República várias vezes na semana para acessar o centro comercial da cidade. Contudo, se sente insegura.

“Todos os prédios (Theatro da Paz, Waldemar Henrique e Instituto de Ciências da Arte da Universidade Federal do Pará) sempre parecem fechados e dá uma sensação de insegurança. Então, passo aqui apertando o passo”, relatou.

Circulando pela Praça da República, pode-se ver cenas lamentáveis, como um poste de energia elétrica quebrado. Alguns tapumes da obra de revitalização que envolvem os coretos e monumentos estão, inclusive, quebrados e abertos, ainda mais vulneráveis à deterioração e dando sinais de que a obra está parada por ali.

Visitante anda com dificuldade em meio ao piso com buracos na Praça da República. (Foto: Mauro Ângelo)

Visitantes reclamam do descaso

Yoko Ishida, 44 anos, é bióloga paraense e por muito tempo estudou a Amazônia. Há 10 anos, foi ser professora universitária na Austrália. Lá, casou-se com o australiano Andrew Spence, 38, que trabalha no ramo da computação. Agora, resolveu mostrar ao marido sua terra natal, mas a viagem se tornou uma frustração. “Parece que a cidade parou no tempo.

É extremamente triste, porque está tudo abandonado”, lamenta a bióloga. Ela lembra que pontos turísticos como o Ver-o-Peso, o Bosque Rodrigues Alves e a Praça da República estavam em melhor estado e ficou desanimada para continuar o passeio.

Raymara Santos, 23 anos, é estudante maranhense e Rodolfo Moreira, 27, é comerciante mineiro. Eles são namorados. Na capital, resolveram dar um passeio, mas logo no primeiro dia a impressão que ficou foi desestimulante.

“A cidade está muito suja, vemos muita vandalização”, disse Rodolfo. “É triste porque Belém tem uma cultura rica, mas a sujeira e o abandono impactam muito também”, completou Raymara.

(Alice Martins Morais/Diário do Pará)

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