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Associação irá fortalecer pecuária do Pará

O Pará possui um rebanho aproximado de 21 milhões de cabeças de gado. Mas a crise econômica nacional, devido à perda do poder aquisitivo da população, vem afetando diretamente a pecuária. A situação piorou com o desencadeamento da operação “Carne Fraca” p

O Pará possui um rebanho aproximado de 21 milhões de cabeças de gado. Mas a crise econômica nacional, devido à perda do poder aquisitivo da população, vem afetando diretamente a pecuária. A situação piorou com o desencadeamento da operação “Carne Fraca” pela Polícia Federal a algumas semanas, prejudicando a exportação de carne. A demanda de boi para abate caiu e derrubou o preço da arroba. Alguns mercados que se fecharam no primeiro momento já estão se abrindo e a tendência é que a situação se normalize a curto prazo.

Para tratar dessas e de outras demandas, os criadores do Pará reuniram ontem (8) e fundaram, em Marabá, a Associação dos Criadores do Pará (Acripará), que representará criadores de gado de corte bovino e bubalino. “A Acripará está aberta para receber todos os pecuaristas do Estado”, afirma o pecuarista Maurício Fraga Filho, 49 anos, diretor do Sindicato dos Produtores Rurais de Marabá, Sindicato Rural de Xinguara, da Federação da Agricultura (Faepa) e candidato à presidente da entidade em chapa única.

“A força da pecuária paraense é no sul e sudeste do Estado, mas a ideia é que a sede seja em Belém para estar mais perto dos poderes executivo e legislativo do Estado”, destaca

IMAGEM

Operações como a Carne Fraca, diz o pecuarista, desgastam a imagem não só da carne como do produtor rural. “A Acripará atuará para defender a imagem do pecuarista e mostrar a importância do setor na economia do Estado”, garante Fraga. Ele lembra que os criadores brasileiros exportam para 160 países e recentemente foram liberados para exportar carne in natura para os EUA. “Somos auditados diariamente pelos órgãos de defesa sanitária e pelas empresas dos países que importam nossa carne. Não temos dúvidas sobre a qualidade do nosso produto”.

Mas o fato é que a operação Carne Fraca afetou a imagem da carne brasileira e criou instabilidade no mercado. “Muitos compradores se aproveitam dessa situação para tentar jogar os preços para baixo. Vamos lutar contra isso”, destaca ele.

(Foto: Divulgação)

MAURÍCIO FRAGA, PRESIDENTE DA ACRIPARÁ

Como surgiu a ideia de criar a Associação dos Criadores do Pará?
A partir de conversas com um diretor da Associação dos Criadores do Mato Grosso (Acrimat), que é a associação de pecuaristas mais forte do Brasil. Pela falta de uma associação nacional de pecuaristas de corte, ela chega a representar a pecuária brasileira em alguns eventos internacionais. O Ministro da Agricultura Blairo Maggi, quando era governador do Mato Grosso, criou um fundo para o financiamento das ações da Acrimat. A partir daí ela se tornou uma associação muito forte e proativa. As demandas do setor estimularam os pecuaristas do Estado do Pará a montar uma associação baseada no modelo da Acrimat. A ideia é expandir esse modelo para outros Estados e no futuro criar uma associação nacional.

De que forma a entidade irá atuar na defesa do interesse dos associados?
A atuação da Acripará dependerá do fundo que estamos pleiteando junto ao Governo do Estado para financiamento das ações. Esse modelo deu muito certo e precisa ser implantado no Pará. Se conseguirmos o fundo teremos um escritório em Belém com uma assessoria jurídica e de imprensa. No futuro criaremos um conselho com representantes de todas as regiões do Estado.

O segmento de exportação de boi vivo está em crise. Qual o cenário atual?
A exportação de boi vivo já viveu dias melhores, já exportou mais de 600.000 cabeças por ano. Agora está na casa dos 160.000. A maior perda vem da Venezuela, que era nosso maior comprador e está em crise, praticamente sem importar.
Atualmente, as empresas vêm se adaptando, tentando conseguir novos mercados, como o Oriente Médio.

(Luiz Flávio/Diário do Pará)

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