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PMs acusados de homicídio vão à julgamento

Famílias que integram o Movimento Pela Vida (Movida) e outras entidades que lutam pelo fim da violência e da impunidade estarão reunidas amanhã, às 8h, no Fórum Criminal, em Belém, onde será realizado o último julgamento do caso ‘Gustavo Russo’. O jovem f

Famílias que integram o Movimento Pela Vida (Movida) e outras entidades que lutam pelo fim da violência e da impunidade estarão reunidas amanhã, às 8h, no Fórum Criminal, em Belém, onde será realizado o último julgamento do caso ‘Gustavo Russo’. O jovem foi morto por policiais militares, durante uma operação, enquanto era mantido refém por um criminoso. O crime ocorreu há 12 anos, no bairro do Marco, mas até hoje a família da vítimaluta por justiça.

O belenense Carlos Gustavo Russo, na época com 27 anos, atuava como promotor de eventos e ajudava a tocar o negócio da família. Era o braço direito da mãe, Iranilde Russo, 65. No dia de sua morte, ele completava três anos de casado com Lidiane, com quem planejava ter filhos.

Mas o sonho de se tornar pai foi interrompido de forma trágica, naquela tarde de segunda-feira, por volta das 16h, do dia 10 de janeiro de 2005. Conforme relatou Iranilde, Gustavo retornava do trabalho quando parou o veículo em frente a um estabelecimento comercial, no bairro do Marco, para comprar um refrigerante. Enquanto aguardava o troco, o jovem foi surpreendido por um criminoso armado que fugia da polícia. Ele foi rendido e obrigado a sair pelas ruas dirigindo o veículo. Nesse momento, a polícia foi avisada de que o jovem estava sendo feito refém. O veículo foi interceptado por pelo menos três viaturas no cruzamento da avenida João Paulo II com a travessa Mauriti, naquele mesmo bairro. “Meu filho colocava a mão para fora e os tiros atravessavam a mão dele. Até hoje eu não entendo a forma como agiram (os policiais)”, lamenta a mãe.

PROVA DO CRIME

Iranilde disse ainda que a arma do bandido foi entregue à Polícia Civil sem munição e sem resquícios de disparos. “O carro não era peliculado, estava com o vidro aberto e até o bandido não atirava de dentro do carro para fora. Um despreparo total dos agentes de segurança e o Estado não vê isso”, reforça.

Ela lembrou, ainda, que a prisão preventiva dos acusados foi decretada somente quatro meses depois, no dia 10 de maio de 2005, pelo juiz Claudio Montalvão.

ACUSADOS

Dos oito policiais militares envolvidos, cinco foram condenados e três absolvidos, já no de 2010. Logo em seguida, o Ministério Público do Estado do Pará (MPPA) ingressou com um recurso junto ao Tribunal de Justiça do Estado que revogou a decisão do júri popular. Um dos acusados absolvidos, José Augusto da Purificação Ferreira, faleceu, e os outros dois serão julgados novamente hoje, sendo Paulo Reginaldo Corrêa Batista e Jorge Luiz Cardoso Aquere. “A atitude deles foi pior do que a de um bandido que escolheu aquela vida. Eles são pagos para nos dar segurança”, critica Iranilde, destacando que os cinco condenados cumpriram pena preventiva e estão soltos. Apenas um foi expulso da PM. O restante continua recebendo salário.

Carregando banners e faixas, hoje, as famílias que integram o Movida farão uma vigília em frente ao Fórum, na véspera do julgamento, das 18h às 22h.

Mesmo sofrendo com a dor pela perda do filho, Iranilde Russo fundou o Movida, grupo de apoio às famílias vítimas da violência.

ENTENDA O CASO

Um laudo técnico expedido pelo Centro de Perícias Científicas (CPC) Renato Chaves apontou que foram deflagrados 50 tiros de pistolas e escopetas dos policiais, que estavam em três viaturas. Deste total, 22 atingiram o veículo e sete acertaram Gustavo Russo.

Todos os oito PMs envolvidos foram a júri. Cinco foram condenados e três absolvidos, em 2010. Em seguida, o Ministério Público do Estado do Pará (MPPA) ingressou com um recurso junto ao Tribunal de Justiça do Estado, que revogou a decisão do júri popular. Um deles faleceu e outros dois serão julgados novamente hoje.

O julgamento será nesta quinta-feira, a partir das 8h, no Fórum Criminal, no bairro da Cidade Velha, em Belém. Até hoje a família de Gustavo não recebeu a indenização do Estado por danos morais. O processo continua tramitandona Justiça 12 anosapós o crime.

(Pryscila Soares/Diário do Pará)

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