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Todos contra o Aedes aegypti

Nos últimos anos, o Aedes aegypti atingiu o status de inimigo público número um da saúde dos brasileiros. E não é para menos: inicialmente transmissor da dengue, o mosquito “diversificou” suas atividades e passou a transmitir também os vírus da zika e da

Nos últimos anos, o Aedes aegypti atingiu o status de inimigo público número um da saúde dos brasileiros. E não é para menos: inicialmente transmissor da dengue, o mosquito “diversificou” suas atividades e passou a transmitir também os vírus da zika e da chikungunya (veja box). Agora, com o alerta em torno de um possível surto de febre amarela, o Aedes se tornou ainda mais assustador e tem atraído atenção maior de pesquisadores e da população, que deseja sua erradicação no País, um sonho ainda bem distante, a julgar pelos dados recentes.

É impossível dizer qual a população de Aedes aegypti em uma cidade como Belém, por exemplo, mas os especialistas estimam que ele represente cerca de 1% da população de mosquitos. Muitas vezes, é confundido com o Culex quinquefasciatus, que, no Pará, atende pelo popular nome de carapanã, aquele que costuma perturbar nas nossas noites quentes e abafadas.

O Aedes, contudo, tem hábitos bem diferentes. Durante a noite, ele fica em repouso, geralmente em lugares escuros, como atrás de sofás, estantes, camas. Tem hábitos diurnos e ataca em horários bem específicos: no nício da manhã e no fim da tarde. O pesquisador do Instituto Evandro Chagas Joaquim Pinto Nunes Neto explica que isso ocorre porque o Aedes era originalmente um mosquito selvagem. Na natureza, ele esperava o momento em que os animais, após se alimentarem, paravam para fazer a digestão. Assim, acabou trazendo o hábito para as cidades. “Ele é um mosquito altamente adaptável”, diz o pesquisador.

ALIMENTAÇÃO

O Aedes aegypti macho se alimenta de seivas das plantas, mas as fêmeas precisam de sangue para maturar os ovos. “Sem sangue, os ovos não são viáveis”, explica Neto. Elas são capazes de sugar três vezes mais sangue que o seu peso. É como se uma pessoa de 60 quilos conseguisse comer 180 quilos de alimentos em uma única refeição. Além de esfomeado, o Aedes tem se mostrado também extremamente resiliente. No início, acredita-se que ele conseguia se reproduzir apenas em água limpa. Hoje, os pesquisadores já sabem que o conceito de limpo para ele é bastante elástico, o que torna nossa missão de eliminá-lo ainda mais difícil.

O Aedes é capaz de se reproduzir, por exemplo, em qualquer tipo de água parada que não esteja turva, mesmo que ela esteja contaminada. Para o pesquisador do Instituto Evandro Chagas, a busca por vacinas contra as doenças causadas pelo Aedes deve ser uma preocupação, mas não a única. “A cada vacina, ele pode se tornar vetor de outros vírus. O que deve ser bastante repetido é a necessidade de combatê-lo” , explica, afirmando que é preciso haver esforço concentrado entre poder público e a população. Entre as formas de combate está a limpeza, para matar as larvas. O pesquisador recomenda também o uso de telas, mosquiteiros e repelentes.

(Rita Soares/Diáro do Pará)

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