No comando de um volante de ônibus há 30 anos, o motorista Cosme Vieira Barbosa, 63, trabalhou em apenas duas empresas durante toda sua vida profissional, em Belém.
Conhecido pelos amigos como Coreano, ele diz que isso o ajudou a ter uma relação tranquila na empresa. “Sou feliz no que faço e o tempo que eu tenho em outro período do dia aproveito com a minha família”, conta o trabalhador.
Ele é uma prova do resultado de uma pesquisa feita pela Confederação Nacional do Transporte (CNT), que traçou o perfil dos motoristas de ônibus urbanos no Brasil. De acordo com o levantamento, 75,5% dos trabalhadores disseram que estão satisfeitos com o emprego.
ESTRESSE
Mas há alguns entraves, principalmente quando é levada em conta a saúde deste trabalhador, submetido ao estresse e a uma rotina desgastante. O cobrador Brandon Lee Moraes, 23, admite que o trabalho é exaustivo e muitas vezes corre o risco de sofrer alguma violência. Mesmo assim, no entanto, não o trocaria por outro. “Fui assaltado seis vezes no ano passado, mas gosto de trabalhar aqui e tenho meus objetivos”, conta. Quanto à rotina de trabalho, Brandon diz que está sempre contente. “Sou alegre o dia todo. Para mim, não tem dia ruim”.
Com uma carga horária estimada em 7,2 horas por dia e remuneração de dois salários mínimos e meio, a motorista Samara Cunha, 37, diz que tem o lado positivo e o negativo da função, mas que gosta de interagir com as pessoas. “A gente tem vários problemas, mas, quando senta na cadeira para dirigir, eles somem. A responsabilidade é tão grande que a gente esquece tudo de ruim”, conta.
(Wal Sarges/Diário do Pará)
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