Desparecidos nas Bahamas embarcaram para travessia

A Polícia Federal (PF) informou, ontem, ter indícios de que o grupo de brasileiros desaparecidos nas Bahamas entrou no barco na data prevista para o embarque em direção à costa da Flórida, nos Estados Unidos. Desde 6 de novembro do ano passado, 19 imigrantes são considerados desaparecidos depois que ingressaram em um tentativa de travessia para os Estados Unidos. No grupo, há 12 brasileiros. Entre eles, haveria 2 paraenses.

O casal Regiane Viana e Lucirlei dos Reis, de Canaã dos Carajás, estão entre os brasileiros considerados desaparecidos pelo Ministério das Relações Exteriores. Lucirlei nasceu no Tocantins, mas morava no Pará desde os 10 anos, já a esposa é paraense.

Segundo a chefe da Divisão de Direitos Humanos da PF, delegada Diana Calazans, uma postagem na página pessoal do Facebook de um dos imigrantes, no dia previsto para o embarque, foi georreferenciada no oceano, em local próximo aos tradicionais pontos de saída dos imigrantes ilegais. A informação foi dada em audiência pública realizada por uma comissão externa da Câmara dos Deputados, formada para investigar o desaparecimento dos brasileiros.

DADOS

Além de Diana, participou da audiência a delegada Sílvia Amélia Fonseca de Oliveira, coordenadora-geral de Cooperação Internacional da PF. “Temos estes dados que indicam que esses aparelhos foram utilizados até este dia e estavam georreferenciados em torres muito próximas ao litoral das Bahamas, do local de onde seria a saída do suposto barco”, disse Diana.

A informação enfraquece ainda mais as hipóteses de que o grupo poderia estar detido em algum lugar das Bahamas. A delegada esclareceu, no entanto, que não há uma localização exata, apenas aproximada. Segundo a delegada Silvia, a PF aguarda resposta do governo das Bahamas a respeito de um pedido de cooperação internacional que foi enviado em 9 de fevereiro. Se a solicitação for aceita, a polícia brasileira poderá participar de diligências naquele País.

(Com Agência Brasil)