Vereadores são impedidos de vistoriar aterro

Uma comissão de vereadores de Belém foi impedida de entrar no Aterro Sanitário de Marituba, na manhã dessa quarta-feira (15), por ordens da direção da empresa Revita, responsável pelo tratamento do lixo da Região Metropolitana de Belém.

Veja fotos do momento em que os vereadores foram barrados.

De acordo com informações do site da Câmara Municipal de Belém, a intenção da comissão era realizar uma visita técnica para fiscalizar as condições do aterro sanitário frente às inúmeras denúncias feitas por moradores de Marituba sobre supostos danos que estariam sendo gerados pelo local.

No entanto, ao chegar no aterro, a comissão foi impedida de entrar, ato que foi considerado desrespeitoso e humilhante por vereadores como Simone Kahwage (PRB). Segundo o site da Câmara, Simone afirma que é uma humilhação a população estar à mercê de uma empresa que não cumpre o que foi estabelecido em contrato.

A Câmara Municipal declara que o setor jurídico da instituição entrará com uma liminar pedindo autorização para a entrada dos parlamentares. “Não vamos mais permitir que o povo seja prejudicado por causa de irregularidades dessa empresa", afirmou o vereador Fabrício Gama (PMN).

Na última segunda-feira (13), foi realizada uma sessão especial na Câmara Municipal de Belém com representantes de entidades, movimentos sociais, Prefeitura de Belém, Ananindeua, Marituba e Governo do Estado. Nenhum representante da empresa compareceu à sessão.

Em nota divulgada na manhã desta quinta-feira (16), a Guamá Tratamento de Resíduos esclarece a empresa somente tomou conhecimento da intenção de visita de vereadores ao aterro de Marituba, por meio de e-mail enviado na noite anterior, dia 14 de março. A empresa comunicou que não seria possível confirmar tal visita, devido a normas de segurança que precisam ser seguidas em um ambiente com intensa movimentação de máquinas e equipamentos de grande porte em plena operação. Em sua resposta, a empresa acrescentou que protocolaria convite aos representantes da Casa para visita à unidade em nova data, com o necessário planejamento em relação à segurança e de modo a não prejudicar a rotina operacional do aterro e as obras que estão sendo realizadas nesse momento.

A empresa repudia o fechamento, ainda que temporário, do acesso à unidade, impossibilitando entrada de colaboradores, fornecedores e das empresas coletoras de lixo, iniciativa que vai contra os interesses da população, pois pode implicar em nova suspensão da coleta de lixo nos três municípios atendidos.

As informações são da Câmara Municipal de Belém.

(DOL)