Acompanhante denuncia demora em atendimento

Uma criança teria morrido dentro da barriga da mãe e várias mulheres estariam aguardando por atendimento há horas na Santa Casa de Misericórdia do Pará. Este é o relato da irmã de uma grávida que denuncia situação de descaso nesta quinta-feira (8), na maior maternidade pública do Estado.

Setor de triagem com várias grávias e acompanhantes no aguardo de atendimento. (Imagem: Via WhatsApp)

Segundo a mulher, que prefere não se identificar, com medo de represálias, o problema ocorre no setor de triagem, onde as grávidas se dirigem para os primeiros atendimentos.

"Têm mulheres desde as oito da manhã sem atendimento. Trouxe minha irmã por volta das três da tarde e até agora não foi atendida. Ela já perdeu muito líquido, embora não esteja com dor", relatou.

Falta de médico seria o principal motivo. Santa Casa ainda não se manifestou (Imagem: Via WhatsApp)

Ao perguntar sobre o que estaria motivando o atraso, a mulher afirma ter recebido como resposta que haveria apenas uma médica atendendo e que a noite o atendimento teria sido paralisado devido à troca de turno.

O DOL tentou contato com a Santa Casa por telefone, mas ninguém atendeu as nossas ligações. Um solicitação de posicionamento também foi enviado por e-mail ao órgão.

Em nota, enviada na manhã desta sexta-feira, a Santa Casa do Pará informou que não houve óbitos de bebês por falta de atendimento. A média de atendimento na Triagem Obstétrica é de 119 pacientes nas 24 horas e, eventualmente este número varia, tendo sido atendidas no dia 09/03 (quinta-feira) 145 pacientes nas 24 horas, o que justifica a eventual demora no atendimento às pacientes “sem risco obstétrico” as quais esperam um pouco mais, pois a prioridade é atender as gestantes de alto risco, conforme a classificação realizada assim que as mães dão entrada no hospital.

Ainda na nota, a Santa Casa iz ainda ser um hospital de alta e média complexidade que atende todo o estado.

(DOL)