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Belém: é lixo para todo lado

Quando moradores de Marituba começaram o protesto em frente ao aterro sanitário da cidade na quarta-feira (1º), teve início a crise do lixo em Belém, Ananindeua e Marituba. A população pedia a interrupção do aterro e bloqueou a entrada do local. Contudo,

Quando moradores de Marituba começaram o protesto em frente ao aterro sanitário da cidade na quarta-feira (1º), teve início a crise do lixo em Belém, Ananindeua e Marituba. A população pedia a interrupção do aterro e bloqueou a entrada do local. Contudo, apesar de o protesto ter terminado no sábado (4), ainda tinha muito lixo nas ruas de Belém ontem. Na avenida João Paulo II, entre Bartolomeu Gusmão e Santo Antônio, no bairro do Marco, o que mais se via eram sacolas com lixo. Segundo o comerciante Fernando Carvalho, 53 anos, a Prefeitura de Belém ainda não tinha passado para recolher o lixo, na manhã de ontem. Ele, que é comerciante, diz que a sujeira prejudica seu trabalho. “É lamentável”, reclamou.

Na rua Diogo Moia, entre Alcindo Cacela e 9 de Janeiro, no Umarizal, a população ainda aguardava, também na manhã de ontem, o caminhão de lixo passar para se livrar do mau cheiro e da sujeira com a qual convive há 5 dias. Segundo o supervisor de vendas Fábio Nascimento, 33, a vizinhança resolveu colocar todas as sacolas de lixo em frente a um terreno baldio, para amenizar o odor nas casas. “É desrespeitoso a Prefeitura não resolver essa situação”, afirmou. Na travessa Antônio Baena com a Visconde de Inhaúma, bairro de Fátima, a comunidade está revoltada com o que chama de descaso do prefeito Zenaldo Coutinho. Eles reclamam que a limpeza já era precária naquela área, mesmo antes do protesto.

Lixo acumulado pode ser encontrado tanto nos bairros centrais como na periferia. (Foto: Fernando Araújo/Diário do Pará)

Os moradores, então, se juntaram e limparam tudo. Agora, a sensação é de que o esforço foi em vão. Por toda a extensão, as sacolas de lixo estão agrupadas à espera da coleta. “Os moradores estavam colaborando com a limpeza. Só quem não ajuda é o próprio prefeito”, ressaltou Mariana Medeiros, 29, estudante. Para o engenheiro agrônomo Afonso Granen, 60, o prefeito deveria ter resolvido esse problema há muito tempo “para que não chegasse a essa situação”.

PREFEITURA

Já em frente à Prefeitura de Belém, não se via nenhuma sacola de lixo. A crise do lixo começou na semana passada, quando Zenaldo Coutinho viajava a Florianópolis a passeio. Na tarde de ontem, a Unidade Municipal de Saúde (UMS) do Conjunto Maguari, na avenida Augusto Montenegro, estava com a frente tomada por lixo. Perto dali, a aposentada Maria Luiza Silva, 70, diz que o carro do lixo ainda não havia passado na sua rua. “Eu ainda não tirei o lixo do quintal, para evitar sujeira na frente da minha casa”. Em nota, a Prefeitura de Belém afirma que até a noite de domingo (5) recolheu o lixo domiciliar em mais de 60% dos roteiros de coleta.

Segundo a Prefeitura, assim que o aterro sanitário foi liberado para receber lixo domiciliar, na manhã do sábado, após 3 dias de interdição, os primeiros caminhões iniciaram a coleta pelos hospitais, unidades de saúde e feiras. De acordo com a Prefeitura, os carros coletores retomaram a coleta programada ontem e a expectativa é normalizar a coleta e atender 100% dos roteiros até amanhã.

Fábio Nascimento: "é desrespeitoso a prefeitura não resolver essa situação". (Foto: Daniel Costa/Diário do Pará)

VISTORIA ENCONTRA PROBLEMAS

Em vistoria realizada no aterro, a comissão de meio ambiente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-PA) e outras entidades encontraram irregularidades no local.

Segundo o vice-presidente da comissão, Rodrigo Leitão, dentre os principais problemas encontrados estão o vazamento de chorume para um braço do Rio Uriboca, a construção de uma lagoa de chorume sem autorização da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) e a reciclagem que está sendo feita de forma precária. Também foi verificado que o metano está sendo lançado no ar sem queima. “Na nossa visão é incompatível um aterro sanitário ao lado de uma Unidade de Conservação”, diz.

Estiveram presentes na visita, representantes das secretarias de Meio Ambiente das prefeituras de Belém, Ananindeua e Marituba.

A Prefeitura de Marituba informou que somente hoje vai se posicionar sobre o assunto. Já a assessoria da empresa, Revita, que atua na administração do aterro informou que divulgará posicionamento assim que a equipe técnica da empresa for reunida.

(Alice Martins Morais com Wal Sarges/Diário do Pará)

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