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Equipe da USP cuidará das árvores do Museu Goeldi

Para evitar que qualquer acidente ocorra, os cuidados dispensados com as árvores em muito se assemelham com os adotados para o corpo humano. Aparelhos de imagem possibilitam a análise do interior dos indivíduos e sinalizam algum risco iminente. Quanto mai

Para evitar que qualquer acidente ocorra, os cuidados dispensados com as árvores em muito se assemelham com os adotados para o corpo humano. Aparelhos de imagem possibilitam a análise do interior dos indivíduos e sinalizam algum risco iminente. Quanto mais cedo se identifica uma possível doença, maiores são as chances de cura. Concentrando cerca de duas mil árvores e arbustos em plena área urbana de Belém, o Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG) segue tais premissas não apenas para evitar quedas, mas também para preservação das espécies.

Coordenador do setor de flora do MPEG, o engenheiro agrônomo Amir Lima destaca que o padrão utilizado para fazer a manutenção das árvores do parque é o que contrata uma empresa especializada para a realização da análise dos vegetais.

No caso do museu, a equipe contratada integra a Universidade de São Paulo (USP), sob a coordenação do professor Demóstenes Ferreira da Silva Filho.

Com um aparelho chamado tomógrafo, o professor consegue medir a resistência dos troncos das árvores de acordo com o parâmetro de cada espécie. O equipamento é um dos mais modernos do tipo atualmente e é utilizado pela equipe da USP a cada um ou dois anos nas árvores do Museu, de acordo com a demanda do órgão. “Na década de 1980, existia um aparelho que verificava apenas se o tronco da árvore estava oco. Mas existem árvores que são ocas, mas não estão podres e tem árvores que não estão ocas, mas que podem estar com as raízes podres. Esse equipamento utilizado atualmente é mais eficiente”, destacou Amir.

Amir Lima, coordenador do setor de flora do museu, destaca a eficácia dos equipamentos utilizados. (Foto: Octávio Cardoso/Diário do Pará)

PREVENÇÃO

Após a realização do laudo, o Museu passa a ter a orientação necessária para agir diante das árvores que podem oferecer algum risco ou que estejam com alguma doença. Caso algum galho esteja comprometido com algum fungo, tal parte pode ser retirada para evitar que a doença se espalhe pelo restante do vegetal.

PODA

O trabalho de poda em uma área como a do museu, formada em cerca de 95% de mata nativa, também precisa ser mais detalhado. Os galhos podados de uma árvore lá de dentro não podem ser simplesmente jogados no chão, já que ao redor da árvore maior há outras espécies que precisam ser preservadas.

ACIDENTES NATURAIS

Para o coordenador do setor de flora do museu, Amir Lima, uma das árvores mais difíceis de podar é a samaumeira, cuja espécie tem uma representante plantada no parque desde 1896. “Os galhos da samaúma são muito grandes. Se você podar um único galho, pode descompensar a árvore”.

Mesmo com todo o cuidado mantido com as árvores do museu, o agrônomo destaca que não é possível eliminar por completo os riscos de uma árvore vir a cair. Imprevistos climáticos podem levar à ocorrência de um acidente, como um caso que ocorreu com a árvore mais antiga presente no local, uma Guajará de 150 anos. “Em uma madrugada de 2011 houve um vento muito forte que fez com que um galho da Guajará despencasse. O galho estava em ótimo estado, mas foi realmente a força do vento que fez com que ele caísse”, relembra.

Apesar da possibilidade de queda de um novo galho ser quase inexistente, Amir conta que a área no entorno da árvore foi isolada. Quando as pessoas andam muito pelo solo, ele vai ficando compactado. Portanto, com o isolamento da área, garantiu-se um descanso para o solo próximo da árvore, o que melhora as condições da raiz. “Não existe risco ‘zero’ com árvore em pé, mas a ciência está aí justamente para reduzir significativamente o risco de queda”, reforça.

TRABALHO PREVENTIVO
Uma equipe da USP écontratada para examinar com o auxílio do tomógrafo as árvores do Museu. É uma espécie de ultrassom que mede a resistência dos troncos das árvores.

A inclinação das árvores também é observada.As árvores instaladas àsproximidades dos canteiros do parque são mais vulneráveis do que as que se encontram mais ao meio.

Quando se identifica que a árvore está com alguma doença, medidas são tomadas para a cura.Quanto mais cedo detectada a doença, maiores as chances de cura.

Dentre as medidas possíveis estão a poda de galhos doentes para evitar que a doença se espalhe pela árvore.

Podas são realizadas também para equilibrar as árvores, sobretudo as de maior porte.

(Cintia Magno/Diário do Pará)

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