Moradores do Parque Verde reclamam da falta d'água

Os moradores de Icoaraci, em Belém, estão enfrentando nos últimos dias uma série de transtornos devido à falta de água na região. Não muito longe do distrito, no bairro do Parque Verde, a situação, infelizmente, não é muito diferente. A população local afirma estar com as torneiras vazias a mais de uma semana.

"Já estamos entrando na segunda semana. Não tem água para lavar, cozinhar, beber ou tomar banho. A gente nem tem como ficar comprando água mineral para essas coisas", afirmou uma moradora, que preferiu não ser identificada. "De noite, por volta das 19h, tem uma torneira na rua que pega um pouco de água. Aí fica uma fila imensa para encher os baldes".

Ela ainda afirma que, além de todos os problemas causados pela falta de água, ainda tem que lidar com mais um: a falta de informação. "As vezes faltava água aqui, mas tinha um aviso da Cosanpa antes, na televisão ou coisa do tipo. Dessa vez não teve nada, e quando ligamos para lá para perguntar, pedir solução, ninguém atende. Não sabemos o que está ocorrendo", completou a moradora.

O DOL entrou em contato com a Cosanpa, que emitiu uma nota afirmando que "está enfrentando uma situação inusitada" e que o bairro do Parque Verde e "moradores dos conjuntos Bela Vista, Rui Barata, Jardim América, Mário Couto, Costa Brasil, Nova Canaã e ruas adjacentes estão com a pressão da água reduzida nas torneiras por conta de um vazamento de água, provocado por dois outros moradores do bairro", que construíram "um conjunto de kit-nets de dois pavimentos e um muro em outro lote em cima da rede da Cosanpa", que provocou o vazamento na rede de distribuição sob a Rua Yamada.

A Cosanpa ainda informou que "o proprietário dos kitnets já foi localizado e autorizou o serviço na rede ,mas o reparo não pôde ser feito" devido ao risco de desabamento do imóvel. A proprietária do outro lote ainda não foi localizada. O órgão ainda afirmou que "registrou um boletim de ocorrência e solicitou perícia no local ao Instituto de Perícias Renato Chaves", que o setor jurídico vai apurar as circunstâncias em que os imóveis foram construídos e também irá fazer um comunicado à secretaria de urbanismo do município sobre a situação.

(DOL)