Interferindo na rotina dos moradores do entorno da Feira da Cidade Nova 6, no município de Ananindeua, um lixão toma parte de um terreno baldio, na travessa WE-78. Atraindo urubus, moscas, baratas e até ratos, o local não apenas exala forte odor, como também coloca em risco a saúde dos moradores.
Em meio à chuva fina que caía sobre a Região Metropolitana de Belém (RMB) na manhã de quarta-feira (1), o chorume que saía do lixo se misturava com a água que empoçava alguns pontos da WE-78. Uma grande quantidade de urubus também era vista no local. Além de pedaços de madeira e pneus, frutas e verduras estragadas estavam depositadas ali, de forma irregular.
Destacando o mau cheiro que exala do lixão, o aposentado Arlindo Miranda, 74 anos, afirma que teme pela própria saúde. Segundo ele, a presença de animais que transmitem doenças é constante no local. “Isso aqui está terrível. Quem mora por aqui é que sofre”. Na avaliação da feirante Eliana Monteiro, 59, o ideal seria asfaltar o espaço, dando continuidade à rua e tornando o trecho transitável. Para ela, essa seria uma forma de eliminar o problema de forma definitiva. “O risco de ter foco do mosquito da dengue aí nesse lixão é muito grande porque está só pneu velho. Se asfaltassem isso aqui para a rua seguir, acabaria com isso”.
Tendo de desviar da lama e da água suja que escorre do ponto de acúmulo de lixo, a dona de casa Márcia Silva, 65, conta que a única medida tomada pela gestão de Manoel Pioneiro na Prefeitura de Ananindeua é a de recolher, de vez em quando, o lixo. “Esse lixo fica direto aí. Quando tiram, a população joga de novo”, aponta. “Tinha de ter uma fiscalização aqui para não jogarem mais”.
Buracos em rua de Ananindeua também são alvo de críticas. (Foto: Daniel Costa/Diário do Pará)
SANEAMENTO
Irrestrito ao lixo acumulado nas proximidades da feira, os problemas de saneamento no conjunto também são sentidos na travessa WE-87. A via já chegou a ser asfaltada. Porém, a grande quantidade de buracos que foram se formando deixou a rua em uma situação complicada. “Bastam 10 minutos de chuva para que a rua fique alagada”, informa o bombeiro Evandro Dias, 35.
Para tentar amenizar a profundidade dos buracos, os moradores jogaram aterro nos pontos mais críticos. Isso possibilita que os carros transitem com um pouco menos de dificuldade. Lembrando que ruas próximas chegaram a ser asfaltadas recentemente, Evandro não compreende por que a rua em que mora não foi contemplada pelo serviço.
“No período das eleições, a Prefeitura asfaltou as travessas WE 86 e 88. Não sei por que não asfaltaram a 87, que está cheia de buracos”. Em nota, a Secretaria de Serviços Urbanos (Seurb) afirma que a limpeza é realizada diariamente no local e que os resíduos e entulhos são indevidamente jogados naquela área por alguns moradores e carroceiros. Diz ainda que, para combater essa situação, a Seurb vem fazendo um trabalho de conscientização e apreensão de carroças.
Sobre a situação da WE-87, a Secretária de Saneamento e Infraestrutura (Sesan) informa que a via será contemplada com o programa asfalto na cidade e que, em breve, a rua será recapeada e sinalizada.
(Cintia Magno/Diário do Pará)
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