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Filho de Jatene seria um dos líderes de esquema

Indiciado pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e participação em organização criminosa, Beto Jatene - filho do governador do Pará, Simão Jatene - está sendo investigado pelo Ministério Público Federal em inquérito que corre em segredo de

Indiciado pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e participação em organização criminosa, Beto Jatene - filho do governador do Pará, Simão Jatene - está sendo investigado pelo Ministério Público Federal em inquérito que corre em segredo de Justiça, na Operação Timóteo, da Polícia Federal (PF). A revista IstoÉ teve acesso à parte do processo e revelou que, segundo a PF, contratos fraudulentos com prefeituras serviam para desviar recursos de arrecadação da mineração.

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Beto Jatene já recebeu R$ 5 milhões do Estado

De acordo com a revista, foram detectados pagamentos do grupo criminoso a Beto Jatene e várias pessoas ligadas ao Tribunal de Contas dos Municípios (TCM). A investigação também envolve o conselheiro Aloisio Chaves e alguns de seus familiares. Ninguém, além dos advogados, tem acesso ao conteúdo do inquérito contra Beto Jatene.

A única informação que vazou sobre as investigações é a de que o filho do governador do Pará contava com a ajuda no suposto esquema de alguns funcionários do Tribunal de Contas dos Municípios.

ENGRENAGEM

Beto Jatene é assessor jurídico do Ministério Público estadual junto ao TCM. Ele foi preso no dia 16 de dezembro, em Belém, durante ação da Operação Timóteo, e solto 48 horas depois, graças a um habeas corpus. No processo, o filho de Simão Jatene é acusado de tráfico de influência – por utilizar o nome e o parentesco com o governador do Estado junto às prefeituras que recebem Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEN) - e de lavagem de dinheiro para a quadrilha supostamente comandada pelo ex-diretor do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), Marco Antônio Valadares.

A PF afirma que a quadrilha da qual Beto faria parte oferecia informações privilegiadas sobre dívidas de royalties da exploração mineral a dois escritórios de advocacia e uma empresa de consultoria. A quadrilha teria desviado mais de R$ 200 milhões. Desse total, R$ 70 milhões já foram rastreados pela PF e bloqueados pela Justiça. O papel de Beto Jatene dentro do esquema fraudulento identificado pela Operação Timóteo seriam dois. No primeiro, ele teria se tornado intermediário da quadrilha. Alguns municípios - como Parauapebas e Canaã dos Carajás - tinham grandes montantes da CFEN a receber das empresas mineradoras. Com essas informações privilegiadas e usando o parentesco com o governador, Beto teria procurado as prefeituras, afirmando que conseguiria a liberação do dinheiro.

A segunda atividade de Beto no esquema seria lavar parte do dinheiro da quadrilha na conta do seu posto de gasolina, em Belém. Até agora, a PF identificou que Beto teria faturado R$ 750 mil n esquema. Mas uma fonte da PF garante que este montante pode passar de R$ 5 milhões, pois outras contas ligadas ao filho do governador ainda estão sendo investigadas.

PARA ENTENDER O PROCESSO

As investigações, agora, estão a cargo do vice-procurador geral da República, Bonifácio de Andrada. Uma vez nas mãos do MP, o relatório feito pela Polícia Federal é analisado pelos procuradores que, caso considerem haver provas suficientes contra os indiciados, apresentam denúncia junto ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), onde os denunciados se tornam réus.

Os advogados de Beto Jatene informaram que já recorreram para que o inquérito seja desmembrado, ou seja, para que o filho do governador seja investigado pelo Tribunal de Justiça do Pará (TJ-PA). No dia 20 de janeiro deste ano, as investigações relacionadas à Operação Timóteo foram encaminhadas para o STJ, após os investigadores encontrarem indícios de envolvimento do conselheiro do TCM. Com isso, o pronunciamento do Ministério Público Federal será encaminhado ao ministro relator do processo, cujo nome também não foi revelado pelo STJ.

(Luiza Mello, de Brasília, e Mauro Neto, de Belém)

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