Assaltos suspendem aulas em escola de Barcarena

As aulas na Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Professor José Maria Machado, no município de Barcarena, região nordeste do Pará, estão suspensas, desde ontem até a próxima quinta-feira (2). A decisão partiu da própria direção da escola devido aos constantes roubos ocorridos dentro do prédio e que têm prejudicado funcionários e estudantes.

Até então os assaltantes estavam roubando alguns objetos de valor da escola, como computadores, televisões, entre outros. Mas, ultimamente, os alunos e funcionários do estabelecimento também ficaram na mira dos criminosos. O mais recente assalto ocorreu na manhã de ontem. Foi a 3ª ocorrência em menos de uma semana. Os professores pedem a ajuda dos pais e alunos da escola para fazerem um movimento em frente à sede da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), em Belém.

“Há muito tempo estamos sofrendo assaltos constantes, mas agora está insustentável”, declarou Ana Cecília, diretora da escola, à Rádio Clube do Pará. Os roubos ocorreram nos dias 22, 23 e ontem, quando assaltaram um vigia e um aluno. “Decidimos paralisar tudo. Estamos pedindo ajuda do poder público. Já pedimos ajuda para a Seduc, para vários órgãos e até agora pouca coisa tem sido feita na nossa escola.”

SITUAÇÃO

A situação é tão crítica que, de uns tempos para cá, os estudantes passaram a mudar seus hábitos no trajeto entre suas casas e a escola. “Recomendamos aos alunos virem e saírem em grupos por causa dos assaltos nos arredores da escola. Constantemente são roubados. Até tênis estão roubando”, relatou.

Ela informou que, na próxima quinta-feira, haverá uma reunião na escola com os professores e funcionários de outras escolas estaduais de Barcarena para discutirem uma forma de cobrar, em conjunto, que as autoridades proporcionem uma segurança mais efetiva no entorno das escolas, visando evitar novos assaltos e afastar também o risco de uma evasão escolar. O DIÁRIO não conseguiu contato, por telefone, na noite de ontem, com a Secretaria de Estado de Educação. Mandou e-mail, mas não obteve retorno até o fechamento desta edição. Também entrou em contato com a Polícia Militar (PM) do Pará, porém não teve resposta.

(Diário do Pará)