Ex-prefeito de Santa Luzia desviou móveis

Uma operação da Polícia Civil encontrou móveis pertencentes à Prefeitura Municipal de Santa Luzia na casa de irmã do ex-prefeito do município, Adamor Aires. A denúncia partiu de um funcionário da prefeitura que flagrou o momento da retirada dos móveis e equipamentos da casa de Ademilde Aires e procurou a polícia para relatar o que viu.

A partir da denúncia perante a Polícia Civil, registrada no dia 9 de fevereiro, começaram as investigações e foi aberta representação junto ao juiz Ithiel Portela, que homologou o pedido de busca e apreensão dos móveis e utensílios que pertencem à Prefeitura Municipal de Santa Luzia do Pará. Os pertences retirados da residência de Ademilde Aires, irmã do ex-prefeito Adamor Aires, foram levados para a casa de Adamir, outra irmã do ex-prefeito, que atende pela alcunha de “Boneca”.

BUSCA E APREENSÃO

O peculato ficou comprovado na manhã de ontem, quando uma equipe da Polícia Civil efetuou operação de busca e apreensão na residência de Adamir. Lá foram encontrados cadeiras, mesas, armários, várias copiadoras, computadores, estantes e documentos contábeis. Durante a apreensão, o delegado Douglas Murilo também encontrou restos de documentos queimados.

É importante ressaltar que o ex-prefeito Adamor Aires se recusou veementemente a fazer o processo de transição junto ao atual prefeito Edno Alves. A polícia está em busca dos três irmãos envolvidos no caso: Adamor, Ademilde e Adamir, entretanto, nenhum deles foi localizado para prestar esclarecimentos.

PARA ENTENDER

Santa Luzia do Pará é um município localizado na microrregião do Guamá e na mesorregião do Nordeste Paraense.

Foi criado em 1991, com território desmembrado de Ourém, Bragança e Viseu, e instalado no dia 1 de janeiro de 1993. Tem 20 mil habitantes.

A principal atração turística é o rio Caeté, com início na foz do Rio Grande, até a foz do Rio Curi.

Adamor Aires já foi deputado estadual antes de se tornar prefeito de Santa Luzia e assumiu o mandato de deputado em 1º de fevereiro de 2007.

(José Clemente Schwartz/Diário do Pará)