Como tem ocorrido nos últimos anos, com exceção das duas conquistas interioranas (Independente e Cametá), o título do Parazão se encaminha para as mãos de um dos grandes da capital. É cedo ainda, foram disputadas somente cinco rodadas, mas a disparidade de forças começa a pesar.
Depois de algumas hesitações iniciais, a dupla Re-Pa já pilota os dois grupos, sem precisar se aperrear muito na competição. O Papão perdeu para o Independente na 2ª rodada, mas conseguiu se recuperar ainda na chamada primeira metade da disputa. O Remo tropeçou no S. Raimundo, em Santarém, mas segue com o melhor aproveitamento técnico.
As próximas rodadas sinalizam para consolidação da posição dos velhos rivais, que, a essa altura, só correm algum perigo no embate direto com São Raimundo e Independente. Se as semifinais ocorressem agora, o Papão teria pela frente o Pantera e o Leão se defrontaria com o Galo Elétrico.
As semifinais serão disputadas em ida e volta, o que assegura ainda mais tranquilidade a remistas e bicolores, livres do sempre temível jogo único. O fato é que a valorização dos pontos corridos premia elencos mais qualificados e, inegavelmente, a dupla da capital conta com jogadores de melhor nível, apesar de limitações em setores pontuais.
Além do visível declínio de alguns participantes, como São Francisco (vice em 2016) e Águia, o campeonato tem um ingrediente que o torna interessante. A crise financeira que assola o futebol obrigou a maioria das equipes a olhar para o próprio quintal ou, no máximo, para a vizinhança.
Com isso, o Papão emprestou três jovens da Desportiva, resgatou Leandro Carvalho (foto) e Djalma, além de dar chance a Perema. No Remo, depois de anos na fila de espera, Tsunami (foto) e Igor João foram finalmente efetivados, Gabriel Lima e Rodrigo ganham vez e não houve acanhamento em se reforçar com talentos regionais, como Léo Rosa e Jaquinha.
A onda regionalista alcança também o Independente, onde se destacam Mocajuba, Magno e Ezequias. Chegou ao S. Raimundo, que se sustenta em figuras como Wanderlan, Tiago e Chaveirinho. O Águia lança Tiago Mandii, Eric e Carlos Eduardo. O Paragominas tem Ratinho e João Neto.
Pode não ser o torneio dos sonhos – e é notório que o nível geral é baixo –, mas a boa notícia é que os clubes parecem ter compreendido que a solução para a maioria dos problemas está aqui mesmo, dispensando gastos desnecessários com falsos reforços importados.
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