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Protesto de esposas de PMs chega a uma semana

Passada uma semana, as esposas de policiais militares do Pará continuam sem nenhuma resposta concreta do Governo do Estado. Ontem à tarde, cerca de 30 delas voltaram a protestar em frente ao prédio do Tribunal de Justiça do Estado do Pará (TJPA).Enfrentan

Passada uma semana, as esposas de policiais militares do Pará continuam sem nenhuma resposta concreta do Governo do Estado. Ontem à tarde, cerca de 30 delas voltaram a protestar em frente ao prédio do Tribunal de Justiça do Estado do Pará (TJPA).

Enfrentando a cada dia promessas de reuniões que nunca se concretizam, as “Marias”, como se autodenominam, interditaram a avenida Almirante Barroso nas proximidades da Júlio César a partir das 13h, com auxílio de viaturas da PM e da Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana (SeMob). Por duas vezes, durante poucos minutos, elas chegaram a bloquear a pista expressa do BRT, única via que estava livre.

Para acessar a Almirante, os condutores tiveram de subir pela canaleta do BRT, o que causou congestionamento desde o Entroncamento, segundo a Polícia.

RESPOSTAS

Da única reunião realizada até então, as esposas apontam que a resposta obtida é de que não seria possível conceder o reajuste esperado. Desde então, elas vêm se revezando e passando todas as noites no ponto de concentração do movimento, em frente ao Complexo Operacional da Polícia Militar, na avenida Brigadeiro Protásio.

Na manhã de ontem, sexto dia do movimento, a quantidade de mulheres presentes já era bem menor do que o observado nos outros dias. Porém, as tendas e faixas instaladas no local deixavam evidente a continuidade do movimento.

Sem se identificar por medo de que assim seu esposo possa ser reconhecido, uma das “Marias” reforçou que as esposas continuam aguardando a oportunidade de dialogar com o Governo. “Não queremos prejudicar a sociedade. Nós apenas queremos chamar a atenção do Governo para que conversem com a gente”, diz. “Desde sexta-feira não houve mais reunião. Disseram que iam reunir com a gente ontem (quarta), mas nos enganaram de novo.”

Advogado do movimento, Braz Mello confirma que não houve nenhuma outra reunião entre o Governo e as esposas desde a última sexta-feira (17). “O Governo tinha prometido uma reunião para ontem na Alepa, mas não ocorreu. O movimento continua esperando uma resposta”.

Diante do movimento pacífico e da dificuldade de se manter um diálogo com o Governo, o advogado avalia de forma negativa a atenção que o poder executivo estadual vem destinando ao movimento. “As esposas estão há uma semana fazendo manifestações sem atrapalhar policiamento, apenas para reivindicar melhores condições de trabalho e remuneração digna aos policiais. É uma pena que Governo, além de não dar resposta, sequer concretiza a reunião”, frisa.

EMOÇÃO

Entre lágrimas, a viúva de um policial militar do Estado disse que há nove anos sofre a perda do companheiro. Para a filha que tinha apenas dois anos quando ele partiu é mais difícil dar explicações. “Ele morreu com um tiro enquanto trabalhava em Redenção, defendendo o Estado, mas eu não tenho como explicar isso para a minha filha que hoje tem 11 anos. Ninguém quer ter um herói morto a ser lembrado, e sim um pai presente, um filho ou um esposo”, lamenta uma das Marias, que diz trabalhar como autônoma.

Com a voz embargada e uma cruz nas mãos, a viúva contou que ainda sofreu muita humilhação porque passou três anos após a morte do esposo sem receber pensão. “Tive de trabalhar pesado na feira, tendo de criar uma filha sozinha. O Governo não ampara as viúvas de policiais.”

EM MARABÁ

Diante da insatisfação das esposas de PMs de Marabá com o atendimento oferecido pelo Instituto de Assistência dos Servidores do Pará (Iasep) no município, a presidente da Associação de Esposas de Militares de Marabá, Léia Jansen, se dirigiu a Belém para conversar com os familiares que protestam na capital.

Até o momento nenhum movimento parecido foi iniciado no município. “A gente ainda não se manifestou porque estamos tentando o diálogo, mas não descartamos a possibilidade de fazer uma manifestação”, avisa.

(Cintia Magno e Wal Sarges/Diário do Pará)

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