Mulheres de PMs buscam adesão no interior

Barracas, tendas e cadeiras permanecem armadas nos portões do Complexo Operacional da Polícia Militar, na travessa Brigadeiro Protásio, em Belém, no ato que as esposas dos policiais militares realizam desde sexta-feira (10). Elas cobram, entre outras reivindicações, o reajuste do salário base dos policiais. Segundo as “Marias”, como estão se chamando as manifestantes, há 2 anos os militares não têm reajuste.

Na noite de ontem, as manifestantes afirmaram que estão mobilizando as mulheres de PMs do interior do Estado, para que também façam atos nos outros municípios. “Nós respeitamos tudo e todos e não fomos respeitadas”, desabafou uma das esposas. Ela estava indignada com o descaso por parte do Governo do Estado.

MOVIMENTO

Uma outra “Maria” ressaltou que o movimento é legítimo e pacífico. “Tem esposa perdendo dias de trabalho para estar aqui e outras perdendo aula na faculdade”, comentou a mulher. Elas não quiseram dar detalhes sobre os próximos passos do movimento. “Simão Jatene tem responsabilidade pelo que está acontecendo com a PM”. Ontem, durante a sessão ordinária na Assembleia Legislativa (Alepa), havia a expectativa de que as manifestantes pudessem comparecer. Embora o presidente da Alepa, Márcio Miranda (DEM), já tenha se dito aberto ao diálogo, nos bastidores a conversa é de que não adianta se reunir sem a presença do governador Simão Jatene (PSDB). Na noite de ontem, o advogado das esposas, Braz Melo, disse que a reunião pode ocorrer hoje, mas não há nada certo. “Enquanto o governador continuar passeando de gôndola em Veneza, vai ficar difícil”, ironizou.

(Diário do Pará)