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Esposas de PMs prometem radicalizar

Reforçando a todo o momento que os policiais militares do Pará não têm nada a ver com o movimento iniciado na última sexta-feira (10), o grupo de esposas de PMs dá continuidade à mobilização que espera conquistar, sobretudo, a equiparação do soldo dos pol

Reforçando a todo o momento que os policiais militares do Pará não têm nada a ver com o movimento iniciado na última sexta-feira (10), o grupo de esposas de PMs dá continuidade à mobilização que espera conquistar, sobretudo, a equiparação do soldo dos policiais ao atual salário mínimo do País. Mesmo denunciando uma agressão por um capitão da corporação contra integrantes do movimento, elas garantem que a manifestação segue forte. E, depois que o grupo não foi recebido, pelo quinto dia seguido, por representantes do Governo do Estado, a intenção é radicalizar, nesta quarta-feira.

Advogado das mulheres, Braz Mello denuncia que a agressão ocorreu no fim da tarde da última segunda-feira (13). Durante o protesto das manifestantes em frente ao portão do Complexo Operacional da Polícia Militar, pela avenida Doutor Freitas, o capitão Joaquim Barros teria avançado com o carro em direção a elas. “Testemunhas apontam que a própria superior hierárquica do capitão tinha dado ordem para que ele não saísse do prédio fardado, como havia ficado combinado com o movimento”, revela. “Ele descumpriu ordem, saiu de farda enfrentando o movimento, e avançou com o carro”, acusa o advogado.

As mulheres contam que o veículo teria chegado a atingir uma das esposas, que não foi identificada. Segundo Braz Mello, após o ocorrido ela teria se encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) para fazer exames. A corregedoria da Polícia Militar já foi informada sobre o ocorrido. “O capitão deveria ter sido preso em flagrante, mas um procedimento já foi instaurado na corregedoria. Foi absurdo o que aconteceu”, diz.

MOVIMENTO FORTE

Embora temerosas após o ocorrido, as esposas enfatizam que o movimento segue forte. Como de costume, ontem de manhã elas continuavam acampadas em frente ao portão do Complexo Operacional da Polícia Militar, na travessa Brigadeiro Protásio.

Com relação a qualquer tipo de represálias contra policiais militares, o advogado conta que não há nenhum registro oficial até então. “É uma pauta importante do movimento que não haja nenhum tipo de represália contra os policiais”, destaca. “Esse movimento é das esposas, de civis. Portanto, não há nenhum tipo de infração constitucional instituída. É uma iniciativa individual das esposas”, completa.

INVESTIGAÇÃO

Questionada se, caso seja confirmada a agressão, o capitão poderia receber alguma punição, a PM informou, em nota, que “o policial não responderá a nenhum processo administrativo enquanto a Corregedoria não finalizar a apuração do caso”. Ainda segundo o documento, “durante o registro de ocorrência, as mulheres não apresentaram nenhuma lesão ou ferimento no corpo. Tanto que, não foi necessário solicitar exame de corpo delito”.

No período da tarde, o grupo aguardava ansioso por uma possível reunião, às 19h30, com representantes do Governo do Estado e do Comando Geral da Polícia Militar, juntamente com parlamentares da Assembleia Legislativa do Estado do Pará (Alepa). Porém, as esposas dos PMs não foram recebidas por nenhuma autoridade. Com isso, a partir desta quarta-feira, elas prometem protestar de forma mais radical.

A reportagem do DIÁRIO apurou que as mulheres vão fechar novamente algumas das principais avenidas da capital, como a Almirante Barroso. Elas também devem atear fogo em paus e pneus para impedir o tráfego de veículos na via. A ideia é chamar a atenção dos governantes para as reivindicações do movimento.

Segundo elas, o atraso de dois anos no reajuste do salário base dos policiais militares, para ser equiparado ao salário mínimo, foi o que motivou o início das manifestações. “Existe a polícia privilegiada (oficiais) e a polícia desprivilegiada que vai para a rua combater o crime”, disse uma delas, ao acrescentar ainda que, quando um policial é afastado por motivo de doença, após um mês o “governo deixa de pagar o auxílio alimentação”.

(Cintia Magno/Diário do Pará)

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