Após brilhar no Re-Pa, Edgar some dos holofotes

Edgar dá o famoso ‘mim acher’

No dia seguinte ao Re-Pa em que foi herói, o atacante azulino aplicou um drible naimprensa e mostrou que é liso como um peixe, seja dentro ou fora de campo


FERNANDO ARAÚJO

ESCORREGADIO

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No último domingo, no estádio Mangueirão, quando o Clube do Remo venceu o seu arquirrival por 2 a 1, os adversários não conseguiram achar o atacante Edgar em campo durante os 90 minutos do clássico. Com dois gols marcados e inúmeras jogadas de perigo criadas, o maranhense mostrou que é como um peixe: liso, difícil de pegar e de parar. Com um nado rápido e um apetite feroz por gols, ele foi decisivo e fugiu de todas as armadilhas e anzóis que foram armados pelo pescador alviceleste, Marcelo Chamusca.

O comportamento de Edgar em campo pode ser comparado ao que ele possui fora das quatro linhas, já que o artilheiro do Campeonato Paraense tem um costume muito incomum para um jogador de futebol: ele não gosta de aparecer. Isso não impede, claro, que o atacante remista tenha popularidade de sobra. É só continuar fazendo gols que a torcida azulina certamente não vai se incomodar em ouvir o que o atacante tem a dizer em entrevistas coletivas - das quais ele provou, no dia seguinte ao jogo, que também escapa com maestria. Não adianta tentar falar com Edgar em português, espanhol ou o baleiês, porque ele não fala mesmo.

Ontem, após a vitória sobre o maior rival, por 2 a 1, com dois gols dele, Edgar sumiu. Todo o cardume da imprensa foi ao Baenão tentar uma palavrinha com ele, em vão. Segundo informações, Edgar deu o famoso “mim acher”. O atacante foi ao dentista, cuidar de suas presas afiadas, para que ele volte a destruir os adversários, que vão continuar atrás dele, assim como todos os jornalistas, querendo uma palavrinha do goleador azulino. Conseguiremos? Talvez. Mas é bom lembrar que Edgar é liso até no nome, pois ele, na verdade, se chama Gladson, e, quando ele começou no futebol paraense, seu nome era outro, Kanu. Escorregadio nada o rapaz...

(Café Pinheiro/Diário do Pará)