Torcedores deram um show no Mangueirão

Como todo bom jogo de futebol, que mexe bastante com o sentimental do torcedor, o Re-Pa, que envolve as duas maiores torcidas do Estado, não poderia deixar de ter histórias longe do gramado, dentro da arquibancada.

Apreensão, ansiedade e nervosismo eram apenas alguns dos milhares de sentimentos que ferviam o sangue de azulinos e bicolores no Mangueirão, na tarde de ontem (12). Entre “Vamos, Papão!”, e “Meu poderoso Leão”, o senhor Paulo Sérgio, de 62 anos, foi uma verdadeira montanha russa de emoções.

Vibrando a cada toque do Papão no jogo, seu Paulo, entre xingamentos e gestos, não escondia a tristeza quando seu time viu o rival abrindo o placar, com Edgar, aos 16 minutos do primeiro tempo. “Nesse momento meu coração está a mil. Se tudo der certo, vamos sair com a vitória hoje”, esperava o torcedor bicolor.

Infelizmente para Paulo, o segundo tempo do Papão não foi como ele e o resto da torcida bicolor imaginavam. Com um pênalti perdido, um jogador expulso, e com o gol do Remo no final da partida, seu Paulo não escondeu sua frustração com o resultado, e fala que o jogo já é coisa do passado. “A derrota é um gosto amargo de engolir. Principalmente pelo fato do time ter tido oportunidade de vencer. Agora é esperar o próximo jogo e torcer”, desabafou seu Paulo.

Se para o torcedor bicolor a noite não foi como o esperado, para João Pedro, de apenas 1 ano e 5 meses, sua estreia no clássico não poderia ser melhor. Sonolento no colo da mãe, o pequeno leãozinho foi levado pelos pais para fazer parte da massa azulina. “Fico muito feliz em poder ter a minha família ao meu lado nesse momento. Em um jogo tenso como este, felizmente conseguimos a vitória”, comenta Fernando Santiago, pai de João, que promete levar a família em outras oportunidades.

Entre sorriso e lágrimas, a verdade é que as duas torcidas corresponderam ao esperado e marcaram presença no estádio.

(Matheus Miranda/Diário do Pará)