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Apesar do potencial, Belém atrai poucos turistas

Em meio a uma economia desacelerada, o turismo deverá amenizar as perdas em outros setores da economia do país. O Ministério do Turismo divulgou, nesta semana, que os feriados de 2017 devem movimentar R$ 21 bilhões. O acréscimo de 22 dias de folga deverá

Em meio a uma economia desacelerada, o turismo deverá amenizar as perdas em outros setores da economia do país. O Ministério do Turismo divulgou, nesta semana, que os feriados de 2017 devem movimentar R$ 21 bilhões. O acréscimo de 22 dias de folga deverá proporcionar a realização de 10,5 milhões de viagens pelo país.

Com uma gastronomia reconhecida internacionalmente, monumentos históricos, cultura e belezas naturais, Belém não esconde o grande potencial mantido para o turismo. Apesar da riqueza de atrativos, a capital paraense segue muito distante dos rankings que apontam os destinos brasileiros mais procurados no país no ano de 2016.

Site de planejamento e reservas de viagens, o TripAdvisor usou um algoritmo que leva em conta o interesse de reservas em seu portal para elencar os dez destinos que foram os favoritos dos viajantes do país no ano passado. Dentre as colocações, nenhuma capital da Região Norte está representada. Dentre as cidades mais procuradas, há um equilíbrio entre as das Regiões Sul e Sudeste, com três representantes cada uma. Já os vizinhos do Nordeste são responsáveis por quatro destinos. (Confira o ranking).

INTERIOR

Se considerado o cenário apontado pelo setor de hospedagem, a perspectiva é de que os feriados de 2017 promovam algum acréscimo apenas nos municípios do interior do Pará, a partir de viagens dos próprios moradores do Estado. Para o presidente do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares do Pará (SHRBS-PA), Fernando Soares, os feriados de carnaval e Semana Santa devem servir de ‘termômetro’ para como os consumidores devem se portar ao longo do ano. “Para a cidade de Belém em si, não vejo como os feriados podem alavancar as hospedagens”, exemplifica. “O Círio ainda é o que movimenta o turismo em Belém”.

Como amostra da preferência pelo interior do Estado nos feriados, Fernando destaca que a taxa de ocupação de hotéis em Salinópolis superou os 90% neste final de ano. Para ele, seriam necessárias algumas mudanças para que Belém se tornasse mais atrativa ao turista. “É necessário um conjunto de medidas para alavancar o turismo dentro de Belém”.

Em nota, a Secretaria de Estado de Turismo (Setur), pontuou algumas das principais ações que desenvolve para incentivar e estimular a atividade turística no Pará. Mais voltado para Belém, o que destacam são “ações pontuais e estratégicas que valorizem e destaquem a originalidade e autenticidade da gastronomia paraense”, citando como exemplo o Festival Ver-o-Peso da Cozinha Paraense e “fortalecimento da malha modal e acessibilidade do turista ao estado, com atração de voos internacionais como o Belém-Miami, Belém-Lisboa, Belém-Caiena, Belém-Paramaribo”.

TURISTAS DIZEM QUE NOTÍCIAS DE INSEGURANÇA AINDA MANCHAM A IMAGEM DE BELÉM


Berla Ferreira se surpreendeu com a beleza histórica de Belém e critica a falta de divulgação da cidade. (Foto: Daniel Costa/Diário do Pará)

A primeira visita a Belém foi proporcionada à historiadora Berla Ferreira, 37 anos, e ao dentista Paulo Henrique, 45 anos, através de um curso de escotismo realizado na cidade durante o fim de semana. Ao se depararem, nos dias de folga do treinamento, com a riqueza histórica do Complexo Feliz Lusitânia, porém, os turistas tiveram uma boa surpresa: na capital paraense há muito o que se visitar.

Inicialmente previsto para dois dias, o tempo de viagem foi estendido para uma semana, para que o casal pudesse fazer turismo em Belém. “Nós não tínhamos ideia de que Belém tinha tantos atrativos”, revela Berla, visivelmente encantada com o centro histórico.

Paulo Henrique conta que a primeira impressão deixada pela cidade foi muito diferente da imagem que, muitas vezes, Belém tem em outros Estados. Mesmo com os alertas de muitos conhecidos sobre a falta de segurança na capital do Pará, eles conseguiram presenciar uma cena que ficou marcada na memória. “No caminho do aeroporto, o taxista nos mostrou o Ver-o-Peso e ficamos impressionados com o movimento da feira na madrugada”, conta Paulo. “Eu nunca tinha visto tanto açaí na minha vida”, brinca Berla.

A historiadora não deixa de notar que algumas melhorias são necessárias para que o turismo seja de fato alavancado na cidade. Dentre as principais, ela acredita que a imagem de Belém frente ao resto do país deveria ser trabalhada. “Sempre nos falavam que, além de muito suja, Belém é muito perigosa. Sempre há o que melhorar, mas pelo o que já vimos aqui, já comecei a indicar para vários amigos que conheçam Belém porque vale a pena”.

No caso da carioca Ana Luíza Schmizt, 22 anos, a visita a Belém foi motivada pela vontade de rever os familiares que moram na cidade. Também no Rio de Janeiro, ela conta que o principal alerta sobre Belém é com relação à segurança. “O que escutamos muito é que precisamos ter cuidado com câmeras e celulares quando estivermos no Ver-o-Peso”, lembra.

Namorado de Ana Luíza, o biólogo Bruno Lany, 27 anos, está pela primeira vez na cidade e disse ter gostado do que viu. “Eu já tinha pensado em vir a Belém antes, por causa do açaí e do Ver-o-Peso.”

(Cintia Magno/Diário do Pará)


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