Quilo da farinha já passa de R$ 7 em Belém

A farinha de mandioca consumida pelos paraenses é a mais cara de toda a região Norte, segundo pesquisa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos do Pará (Dieese/PA). Nos últimos 12 meses, o produto acumulou alta de 31% contra uma inflação de 5,44% no período. Como na cesta básica a previsão de consumo mensal da farinha por trabalhador, no Pará, é de 3 quilos, o gasto total em janeiro deste ano atingiu R$ 21,36.

O mais conflitante desta situação é que ela ocorre em um Estado que é o maior produtor de mandioca do País. As causas destes aumentos e de outros produtos básicos da mesa dos paraenses são muitas e passam por uma série de fatores estruturais dentro da cadeia produtiva até a comercialização.

POR QUE AUMENTA?

A maior quantidade da farinha de mandioca consumida na Grande Belém vem de municípios próximos da capital como Castanhal, Capanema e Bonito, entretanto, mais da metade da produção é ainda artesanal. Este fato, aliado à produção e ao escoamento da mesma do produtor ao consumidor, levando em conta o papel dos atravessadores, faz com que o consumidor paraense continue a ser penalizado por reajustes acima da inflação como ocorreu nos últimos 12 meses.

No mês passado, de acordo com a pesquisa nacional da cesta básica de alimentos feita pelo Dieese, o quilo da farinha comercializada em feiras livres e supermercados da capital foi a mais cara entre as capitais dos demais estados do Norte. O quilo foi encontrado, em média, a R$ 7,12. Rio Branco (AC) é quem vende o quilo mais em conta: R$ 4,48.

(Diário do Pará)