População sofre para conseguir atendimento na UPA

Com a filha de apenas 4 anos de idade no colo, a dona de casa Danielle Pacheco, 21 anos, teve que aguardar por mais de duas horas na calçada da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Icuí-Guajará, em Ananindeua, para finalmente conseguir assistência no final da manhã de ontem. Ainda que a criança estivesse com febre e uma inflamação nos olhos, a informação recebida às 7h no posto foi a de que só poderiam permitir a entrada dos pacientes após a chegada dos guardas municipais, que fariam a segurança do local.

Já por volta das 9h40 da manhã, os guardas ainda não haviam chegado e Danielle era obrigada a aguardar em pé, com a criança no colo. “Disseram que não tem atendimento porque tão esperando o Guarda chegar”, reforçou.

NA CALÇADA

Em busca de uma avaliação médica que pudesse indicar o que a filha tinha, o representante comercial Getúlio Lopes, 41 anos, também foi obrigado a ficar aguardando na calçada o início do atendimento. Assim que percebeu que a filha Élika Furtado, 12 anos, estava com febre, a garganta inflamada e muita dor de cabeça, o pai levou a menina até a unidade que, como o próprio nome sugere, deveria oferecer atendimento imediato. “Não estão querendo atender porque o Guarda ainda não chegou. Eu estou aqui desde 7h30 da manhã”.

Além de Danielle e Getúlio, pelo menos outras quatro pessoas aguardavam em pé na entrada da unidade, a maioria com crianças pequenas. Minutos após a equipe do DIÁRIO chegar ao local, já próximo das 10h, três Guardas Municipais chegaram à unidade e, somente após isso, as pessoas puderam adentrar para buscar atendimento.

(Cintia Magno/Diário do Pará)