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Pará possui 240 membros do PCC

O Centro de Segurança Institucional e Inteligência do Ministério Público de São Paulo fez um levantamento de pessoas filiadas à maior organização criminosa do Brasil, o Primeiro Comando da Capital (PCC). No Pará - segundo este estudo, concluído em agosto

O Centro de Segurança Institucional e Inteligência do Ministério Público de São Paulo fez um levantamento de pessoas filiadas à maior organização criminosa do Brasil, o Primeiro Comando da Capital (PCC). No Pará - segundo este estudo, concluído em agosto de 2016 –, existem 240 membros do PCC em atividade, dentro e fora de presídios, dando apoio logístico e fornecendo armas, munições e drogas a facções locais. O intuito é estabelecer um núcleo da entidade criminosa no Estado, como já foi identificado no Ceará, Paraná, Alagoas e Mato Grosso do Sul. A ramificação do PCC no Pará é conhecida como Primeiro Comando do Norte (PCN).

De acordo com uma fonte da Polícia Civil do Pará, que optou pelo anonimato, o PCC precisa se fortalecer no Pará para disputar o domínio da chamada rota nordeste do tráfico com a Família do Norte, que hoje comanda o tráfico de drogas e armas na região Amazônica e que, por sua vez, é associada ao Comando Vermelho, do Rio de Janeiro. “Esta disputa ficou cristalizada quando membros do PCC e da Família do Norte (FDN) entraram em confronto no inicio do mês no Complexo Penitenciário Anísio Jobim, em Manaus, o que resultou na morte de 56 pessoas”, relata a fonte.

A investida mais intensa do PCC no Pará se deu, de fato, segundo a fonte, em 2014, quando 5 membros do alto escalão da organização se instalaram durante seis meses no bairro da Terra Firme, em Belém. Vieram no intuito de estreitar relações com as lideranças da “Equipe Rex”, que controla o tráfico de drogas no Estado e que disputa territórios com a facção “Liga da Justiça”, que também tem origem na Terra Firme (ver box), segundo informação oriunda da Inteligência da Policia Civil do Pará.

ROTA

Depois do massacre contra membros do PCC em Manaus, a Família do Norte queria agora dominar a rota nordeste do tráfico, que passa pelo Pará, ocupando o vácuo deixado pelas facções “Equipe Rex” e “Liga da Justiça”, o que pode favorecer neste momento uma aproximação maior destas com o PCC para não perder o controle do tráfico no Estado.

O PCC hoje estaria encontrando dificuldades para aumentar sua influência nas cadeias e não consegue afirmar seu poder em mercados consumidores crescentes de drogas, como Altamira e Marabá. O PCC vai ter de se associar aos grupos autônomos, como a “Liga da Justiça” e a “Equipe Rex”, que domina o Complexo Penitenciário de Americano, o maior do Pará.

A FDN também quer ter maior acesso à Bolívia, por meio de sua expansão no Acre e em Rondônia. Tudo isso não deve acontecer sem novas disputas, que podem incluir brigas nas penitenciárias. “O Pará é o quinto no ranking de mortes em penitenciárias em 2016. Das 24 mortes executadas, pelo menos 18 têm relação com briga entre facções, incluindo o PCC e o Comando Vermelho”, relata fonte ligada à Superintendência do Sistema Penitenciário do Pará (Susipe).

Em dezembro, dois presos foram assassinados no Pará. Ambos os assassinatos aconteceram no presídio de Cucurunã, em Santarém: um foi morto a golpe de facas artesanais e outro foi decapitado. Para um integrante da área de segurança pública, as mortes podem ter relação com a disputa entre o PCC e facções ligadas ao Comando Vermelho.

(Mauro Neto/Diário do Pará)

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