Pinheirense segue modelo que lhe rendeu título

Quando entrou para a disputa do Campeonato Paraense da Segunda Divisão, a direção do Pinheirense não usou de meias palavras com o técnico Junior Amorim, principal responsável pela empreitada: não tinham como arcar com os custos da participação. Com muita insistência do técnico, o clube aceitou participar e, com um elenco baseado em veteranos, e até atletas aposentados, jogando pela “oportunidade”, o General da Vila acabou se sagrando campeão invicto. Para a disputa da fase principal do Parazão, o time segue se reforçando, mas sem fazer nenhuma loucura.

No estádio Abelardo Conduru, o grupo de atletas treina apenas em um período, conciliando atividades físicas com técnicas. O grupo de Junior Amorim sofreu algumas baixas em relação ao time campeão, mas se reforçou com peças experientes. Endy, que defendeu a Tuna, chegou para o meio de campo, enquanto Daniel Papa-Léguas, do Carajás, aparece como reforço para o ataque. Ainda no meio de campo, o veterano do futsal Biolay tem sido a novidade.

Apesar do grande número de veteranos, o treinador não pretende manter um grupo numeroso. “Na minha cabeça pretendo trabalhar no máximo com 28 atletas. Quando passa disso fica difícil de trabalhar, porque muitos atletas ficam de fora do treino e não temos como observá-los”, comentou o comandante.

Remanescente do título da Segundinha, o único título oficial de futebol do clube em 91 anos, o zagueiro Halyson afirma que a equipe chega com moral após o feito. “O título invicto fez algumas pessoas olharem diferente pra gente, mas agora é primeira divisão, não é fácil. Há 20 anos o Pinheirense não disputava. Agora é comer pelas beiradas. Se Deus quiser vamos dar trabalho na elite”, disse o zagueiro.

(Taion Almeida/Diário do Pará)