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Carnaval de Belém está na corda bamba

Após mais de duas horas de reunião entre o prefeito de Belém, Zenaldo Coutinho, e os representantes das oito agremiações do grupo especial da capital e dos distritos de Icoaraci, Outeiro e Mosqueiro, ainda não ficou decidido se o tradicional desfile de ca

Após mais de duas horas de reunião entre o prefeito de Belém, Zenaldo Coutinho, e os representantes das oito agremiações do grupo especial da capital e dos distritos de Icoaraci, Outeiro e Mosqueiro, ainda não ficou decidido se o tradicional desfile de carnaval será realizado este ano na Aldeia Amazônica, no bairro da Pedreira. Realizado a portas fechadas, o encontro foi remarcado para hoje, às 18h30, na Codem, quando as escolas esperam, por fim, uma resposta oficial da prefeitura.

O que já se sabe é que o valor da subvenção – de R$ 150 mil do poder municipal, e mais R$ 20 mil do Estado – destinada à cada associação em 2016, não se repetirá este ano. Mas o prefeito avisou que, se for repassada alguma quantia, não chegará nem perto disso, o que motivou a apresentação de diversas propostas por parte dos carnavalescos, como arrastões nos bairros, festas nas próprias quadras das escolas de samba e utilização de locais alternativos, como o Portal da Amazônia, no bairro do Jurunas.
O prefeito Zenaldo Coutinho não falou com a imprensa, e na portaria da Codem, repórteres foram impedidos de entrar no prédio. A única informação dada por telefone é que a prefeitura se manifestaria por uma nota à imprensa, o que não aconteceu até o fechamento desta edição, às 22h de ontem.

A situação preocupa os presidentes das escolas. Fernando Gomes, do Rancho, deixa claro que defende o desfile com a pompa que as comunidades e as agremiações merecem, mas também garante que não deixará de realizar eventos para os jurunenses. “O prefeito mais ouviu do que falou. Usou como justificativa a crise, o que a gente já esperava. A proposta principal é de realizar o carnaval com orçamento bem inferior, mas muito menor mesmo, ao que foi feito ano passado, mas com o mínimo de luxo e glamour. Mas a fala do prefeito foi de que a crise é grande e que ele vai buscar alternativas, falar com o governador”, comentou o presidente, na saída da reunião.

Se o dinheiro não cai, a escola não sai

Theo Pérola Negra, da Associação Carnavalesca A Grande Família, também defende que se tenha carnaval, mas buscou compreender a falta de verbas. “Nós estávamos com muita expectativa, mas na verdade o prefeito não prometeu nada. Eu botei a proposta de fazer o carnaval alternativo nos bairros. Entendemos que a crise é muito grande e Belém não é exceção. Agora os pares também têm que entender que se não der para esse ano, ano que vem dá. O carnaval vai existir, talvez não seja glamuroso como foi nos anos passados, mas existem alternativas de carnaval”, conformou-se.

Numa coisa os presidentes concordam: se o dinheiro não cai, a escola não sai. As agremiações dependem das subvenções para a compra de materiais e adereços que nem sempre estão disponíveis na capital paraense. “Sem subvenção é muito complicado. Não tem como fazer carnaval como fazíamos. Mas a gente vai estar junto com a comunidade, é para isso que o Rancho existe. As pessoas travam batalhas diárias para viver o carnaval e a gente não vai abrir mão disso. Vai ter carnaval no Jurunas por conta da relação do Rancho com o jurunense. Ninguém tira da gente o carnaval, podemos dar até mesmo um formato mais próximo do que seria o desfile na própria rua”, comentou Fernando Gomes.

Theo Pérola Negra também relembra que ano passado, com a subvenção garantida, já havia sido difícil. “Dentro dos R$ 150 mil nós já sentimos dificuldade em fazer o carnaval à altura que a cidade merece e com esse impasse é pior”, diz ele, completando que os problemas só pioram com o atraso em resolver a questão. “Os produtos de carnaval são todos derivados do petróleo, estão mais caros, e estamos em Belém, vem tudo de fora. O frete é caro. E agora o tempo é mínimo”, disse.

(Dominik Giusti/Diário do Pará)

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