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Ananindeua diminui médicos e fica sem atendimento

Dois dias depois de a administração de Manoel Pioneiro determinar a redução dos plantões médicos nas Unidades de Pronto Atendimento (UPA) de Ananindeua, a maioria dos pacientes que compareceu a estes locais voltou para casa sem conseguir assistência. Na U

Dois dias depois de a administração de Manoel Pioneiro determinar a redução dos plantões médicos nas Unidades de Pronto Atendimento (UPA) de Ananindeua, a maioria dos pacientes que compareceu a estes locais voltou para casa sem conseguir assistência. Na UPA da Cidade Nova, que costuma receber o maior número de pacientes no município, só os casos mais graves foram atendidos no sábado e no domingo.

Uma das médicas plantonistas da tarde no sábado chegou a afirmar que a redução dos médicos havia acontecido somente pela manhã, quando um médico ficou no plantão atendendo os casos com risco de morte. Os demais foram encaminhados para outras unidades de saúde de Ananindeua. Segundo ela, por volta do meio-dia, chegou a informação da direção da UPA de que a Prefeitura havia decidido rever a situação e o atendimento seria restabelecido com seis médicos por plantão.

REVOLTA

No entanto, não era esse o cenário vivido no local. A reportagem flagrou diversos pacientes sendo despachados na portaria da UPA. O motivo alegado pelos porteiros era a falta de médico. A estudante Tainá Assis, 18, foi uma delas. A paciente chegou à UPA da Cidade Nova às 16h com vômito e diarreia, mas não conseguiu ser atendida. A jovem e a tia insistiram, discutiram com os porteiros, mas só conseguiram ser atendidas depois que a imprensa chegou ao local.

Além disso, os acompanhantes não tiveram permissão para aguardar pelos familiares dentro da unidade de saúde, como de costuma acontecer em dias normais. Delvison Bentes estava revoltado por ter de esperar por notícias da mãe do lado de fora da unidade. “Minha mãe foi atendida e não deixaram ninguém entrar. Isso é muito revoltante”, reclamou.

Pior mesmo foi o caso do autônomo Benedito Farias Fonseca, 56. Vítima de um Acidente Vascular Cerebral (AVC). O paciente está internado na UPA em estado grave. O hospital requisitou a transferência para um hospital com UTI, mas não conseguiu. A família pediu à direção do número da solicitação para tentar agilizar a transferência, mas também não conseguiu. “Eles ficaram passando a gente de uma pessoa para outra até que a assistente social foi embora sem dar nenhuma satisfação”, disse a irmã, Áurea Farias. A reportagem tentou contato novamente com a supervisão da unidade, mas ninguém quis se pronunciar.

SEM SEGURANÇA

Na UPA do Icuí, o movimento era quase nenhum. Na porta de entrada um aviso informava que não havia atendimento. Questionada sobre o motivo, a enfermeira chefe afirmou que era devido à ausência momentânea dos guardas municipais que haviam saído para o almoço. A UPA do bairro só funciona com a presença dos guardas devido à falta de segurança no local. Ela afirmou também que não houve redução nos plantões e que a equipe de quatro médicos continuou completa. Mas não foi isso que os pacientes relataram. Anderson Júnior disse que levou o irmão à UPA do Icuí, mas não foi atendido. “Meu irmão estava com uma febre alta, mas mandaram a gente procurar outra UPA porque a do Icuí não estava atendendo”, relatou.

Até o fim desta edição, a Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Ananindeua não retornou as ligações nem enviou resposta ao e-mail da redação do DIÁRIO.

(Leidemar Oliveira/Diário do Pará)

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