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Filho de Jatene teve regalias em prisão

A prisão do filho do governador Simão Jatene, Beto Jatene, no Comando do Corpo de Bombeiros durou 48 horas e foi cercada de regalias. A liberação do cárcere foi concedida ontem (18) pelo desembargador federal de plantão, João Batista Moreira, do Tribunal

A prisão do filho do governador Simão Jatene, Beto Jatene, no Comando do Corpo de Bombeiros durou 48 horas e foi cercada de regalias. A liberação do cárcere foi concedida ontem (18) pelo desembargador federal de plantão, João Batista Moreira, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, que aceitou o pedido de habeas corpus solicitado pelos advogados de Beto para a suspensão da prisão temporária. Beto Jatene é um dos acusados de envolvimento num esquema de corrupção em cobrança de royalties de exploração mineral em todo o País. Ele teria recebido pelo menos R$ 750 mil no esquema. Apesar de estar solto, continua sob a investigação da Polícia Federal. Ele estava preso desde a última sexta-feira (16), dia em que ele se apresentou na Polícia Federal para cumprir o mandado de prisão temporária.

O DIÁRIO DO PARÁ teve acesso à informações de que o filho do governador Simão Jatene ficou detido no quarto do oficial de plantão do Comando do Corpo de Bombeiros, que conta com micro-ondas, televisão e ar condicionado. Na frente do alojamento onde Beto Jatene estava foram colocados um caminhão pipa e 3 ônibus, para evitar que fossem registradas imagens do filho do governador.

O governador Simão Jatene também teve o privilégio de visitar o filho em um horário pouco convencional, depois das 21 horas da sexta-feira, quando entrou por um portão lateral da corporação na avenida Pedro Álvares Cabral. Jatene foi acompanhado de uma comitiva de vários assessores e secretários. Conduta totalmente fora dos padrões determinados pelo Sistema Penitenciário do Estado, que só permite visitas aos presos no local nos dias de terça e quinta entre 8 e 18 horas.

HABEAS CORPUS

Além do filho do governador Simão Jatene, também havia um mandado de prisão temporária contra o prefeito eleito de Parauapebas, Darci Lermen, que estava viajando com a esposa para tratamento de saúde. No sábado (17), os advogados de Darci impetraram o pedido de Habeas Corpus (HC), que foi concedido. Os advogados dele usaram como argumento o fato que Darci já estava diplomado, desde o último dia 9, portanto o mandado de prisão expedido por um juiz de primeiro grau não poderia ter validade.

Darci não chegou a ser preso e foi o HC dele que deu margem para que os outros presos pela operação Timóteo conseguissem também a liberdade.

A suspensão da prisão temporária de Beto Jatene foi concedida na tarde de ontem (18). O advogado Roberto Lauria informou que o processo de investigação da Polícia Federal continua e, segundo ele, Beto Jatene ficará à disposição da Justiça e da PF toda vez que precisar prestar qualquer tipo de informação ou esclarecimentos. O advogado de Beto não comentou sobre os dois depoimentos prestados por ele à Polícia Federal.

A PRISÃO

O filho do governador se apresentou na sede da Superintendência da Polícia Federal, na sexta-feira (16), quando prestou o seu primeiro depoimento. De lá ele foi conduzido para o Comando do Corpo de Bombeiros, onde deveria ter cumprido os 4 dias de prisão temporária. O esquema de vigilância e segurança no quartel foi reforçado em virtude da custódia do filho do governador no comando. No sábado (17), ele prestou um segundo depoimento aos agentes federais.

Documentos de Beto serão periciados

No sábado, Beto Jatene prestou um novo depoimento às autoridades. Desta vez, ele conversou com os agentes e delegados da PF em uma sala no quartel do Comando Geral do Corpo de Bombeiros, na capital paraense, onde estava preso até o meio da tarde de ontem.

Ainda na sexta-feira, a PF esteve na residência do filho do governador, localizada na Avenida Antônio Barreto, onde ele não foi encontrado. Apesar disso, alguns documentos e computadores foram apreendidos. Beto só se apresentaria no fim da tarde na sede da Polícia Federal.

Todo o material apreendido na casa de Alberto Jatene será periciado e enviado à Justiça Federal em Brasilia, que é responsável pela apuração do desvio de mais de R$ 70 milhões.

VIGILÂNCIA

Uma viatura dos Bombeiros – na verdade um caminhão pipa – e 3 ônibus foram estacionados ao redor do prédio onde funciona a sala destinada à custódia de Beto Jatene.

Na tarde de sábado (17), o esquema de vigilância e segurança no quartel estava reforçado em virtude da custódia do filho do governador no comando.

Às 16h16 uma viatura da PF com 2 agentes adentrou no comando para colher o segundo depoimento do acusado, que ocorreu em outra sala, distante a poucos metros de onde Beto Jatene está custodiado. O advogado do acusado acompanhou o depoimento.

OPERAÇÃO TIMÓTEO

- A prisão de Beto Jatene está entre os 40 mandados judiciais que foram cumpridos em 4 municípios paraenses com potencial de Mineração nos quais a Operação Timóteo detectou o esquema de corrupção.
-Somente no Pará, os desvios dos cofres públicos somam, pelo menos, R$ 66 milhões.
- A operação Timóteo está em curso desde 2015 e começou depois de uma denúncia de enriquecimento ilícito do diretor do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), Marco Antônio Valadares.

(Denilson D'Almeida/Diário do Pará)

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