Protesto reúne servidores e moradores no Ipamb

Servidores públicos das áreas da educação e da saúde e moradores de Belém se reuniram em frente ao Instituto de Previdência e Assistência do Município de Belém (Ipamb). Eles criticam a demora no julgamento dos processos de cassação de Zenaldo e também reclamam do sucateamento dos órgãos públicos, em especial na área da saúde.

Em nota publicada pelo Sintepp nos últimos dias, eles afirmam que "os serviços e equipamentos públicos municipais foram sucateados: saúde, educação, assistência social, segurança; além de praças (da República), bosques (Rodrigues Alves), prédios públicos (biblioteca Avertano Rocha em Icoaraci) abandonados pela administração do PSDB. Inegavelmente, nos últimos quatros anos, a vida piorou para a maioria da população belenense, principalmente para os moradores da periferia".

Outras queixas dos servidores são "péssimas condições de trabalho; assédio moral; congelamento de salário e vale alimentação; inexistência de PCCR a maioria das carreiras; não realizou de concurso público e inchou de DAS e funcionários contratados o quadro de funcionários da PMB; cortou tempo integral e horas extras; precarizou o atendimento no IPAMB, entre outros".

No governo Duciomar, o IPAMB foi manchete rotineira nos meios de comunicação de massa de Belém, devido a escândalos como: aplicação de 24 milhões de reais, do fundo previdenciário, no banco BVA, que faliu em 2012; fraude nos cartões dos usuários do Ipamb, na aquisição de medicamentos nas redes de farmácias conveniadas; pagamento de diárias de viagens inexistentes e gratificações inventadas a servidores do Instituto e muitas outras irregularidades, afirmam os servidores.

DIVISÃO

Ainda de acordo com a nota dos servidores, na gestão atual o plano de saúde foi precarizado ao extremo: fila para marcação de consultas; vários procedimentos cirúrgicos passaram a ser cobrados dos usuários; a rede credenciada de hospitais, clínicas e laboratórios foi drasticamente reduzida; falta de médicos especialistas; deterioração física dos prédios do IPAMB em Belém, Icoaraci e Mosqueiro. Além disso, em quatro anos, Zenaldo já nomeou e demitiu cinco presidentes no instituto

Agora o prefeito quer dividir o IPAMB em dois órgãos distintos: o Instituto previdenciário (IPMB) e o plano de saúde (PABSS). Para tal, Zenaldo enviou projeto de lei, que deve ser votado, ainda no final do ano legislativo de 2016, na Câmara Municipal de Belém, sem a realização do calculo atuarial, e o recadastramento dos servidores da PMB, conforme recomendação da comissão de reformulação do Instituto (comissão criada em 2015, e constituída por representantes de entidades de classe municipais e do IPAMB). A não efetivação dessas duas medidas pode inviabilizar a sustentação financeira do plano de saúde (PABSS).

(DOL)